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Diretor anuncia que Funarte deixa de praticar discriminação racial, mas não agora… Ah, bom!

Escrevi ontem um post sobre reportagem da Folha que informava um absurdo praticado pela Funarte. A entidade recusou a inscrição de um trabalho para o Prêmio Funarte de Arte Negra porque o diretor da empresa a que estão ligados os bailarinos, todos negros, é… branco! É claro que se trata de discriminação racial, que fere a […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 06h37 - Publicado em 24 mar 2013, 06h41

Escrevi ontem um post sobre reportagem da Folha que informava um absurdo praticado pela Funarte. A entidade recusou a inscrição de um trabalho para o Prêmio Funarte de Arte Negra porque o diretor da empresa a que estão ligados os bailarinos, todos negros, é… branco! É claro que se trata de discriminação racial, que fere a Constituição. Mas se é contra branco, tudo bem!

O presidente da Fundação, o ator e militante petista Antonio Grassi, admite, informa a Folha neste domingo, que o edital tem de mudar, mas só para uma próxima jornada do prêmio. Por enquanto, fica como está. Entendi. A Funarte diz que deixa de praticar discriminação racial, mas não agora… Segue texto da Folha. Volto depois.
*
A Fundação Nacional das Artes, instituição ligada ao Ministério da Cultura, emitiu nota ontem assinada por seu presidente Antonio Grassi reconhecendo “necessidades de mudança” no “Prêmio Funarte de Arte Negra”, edital destinado ao incentivo da produção de artistas negros. A nota foi enviada após publicação de reportagem na edição de ontem da Folha, revelando que um projeto com direção do dançarino Irineu Nogueira, que se autodeclara negro, fora negado por ser representado pela Cooperativa Paulista de Dança, cujo presidente, Sandro Borelli, se autodeclara branco.

O texto do edital diz que, no caso de representações por pessoas jurídicas, só estão aptas a participar do prêmio “instituições privadas cujo representante legal se autodeclare negro”. “A Funarte reconhece a necessidade de mudanças e estará recebendo projetos representados por cooperativas e que atendam aos requisitos do regulamento”, diz a nota. “Como se trata de uma experiência inédita, as próximas edições iriam aperfeiçoar e corrigir esses detalhes”, prossegue Grassi.

Encerro
Já tinha ouvido muitas explicações esfarrapadas para a discriminação racial, mas não essa. Grassi inova. Como se trata de experiência inédita, então é possível ser um pouco racista, mas só um pouquinho… Santo Deus!

Vocês têm certeza de que o Brasil não acabou e de que isso que está aí é só um delírio coletivo de zumbis?

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