Dilma e o ponto eletrônico
Corre a conversa de que Dilma Rousseff usa ponto eletrônico. Verdade ou mentira? Simbolicamente ao menos, é verdade. Se usa ou não o aparelhinho, é irrelevante. Eu acho que não. Usasse, aquele seu cabelo estilo Kim Jong-il, vermelho e espetado, exibindo as orelhas, acabaria denunciando. Mas isso, reitero, não tem importância. O fato é que […]
Corre a conversa de que Dilma Rousseff usa ponto eletrônico. Verdade ou mentira? Simbolicamente ao menos, é verdade. Se usa ou não o aparelhinho, é irrelevante. Eu acho que não. Usasse, aquele seu cabelo estilo Kim Jong-il, vermelho e espetado, exibindo as orelhas, acabaria denunciando.
Mas isso, reitero, não tem importância. O fato é que sua fala, guiada pela marquetagem, é típica de ponto eletrônico. Suas “entrevistas coletivas” se transformaram na coisa mais constrangedora da política. Postam-se ali os microfones, como nos jardim da Casa Branca, e então vemos a chegada triunfal da atriz a seu posto para falar sobre o “tema do dia”. Invariavelmente, há um macho do PT ao lado, um pouco atrás, como se fosse um contra-regra a acompanhar o script. Quando o guarda-costas é José Eduardo Cardazo, não o Dutra, é mais divertido: aquele é mais cheio de caras e bocas. Às vezes, fico com a impressão de que ele é tentado a parar a cena para corrigir o texto. Mas se contém.