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Reinaldo Azevedo

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DILMA, A FANTASIA DO PAC E UM ERRO DA OPOSIÇÃO

O PAC, como é óbvio, como é notório, como revelam os números, não existe. Nunca existiu. O “1” sempre foi uma ficção, e o “2” é só uma piada. Para relembrar: o governo chamou PAC a um conjunto de obras de infra-estrutura públicas e privadas e da área social. O que é bobagem é a […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 16h04 - Publicado em 19 jan 2010, 17h35

O PAC, como é óbvio, como é notório, como revelam os números, não existe. Nunca existiu. O “1” sempre foi uma ficção, e o “2” é só uma piada. Para relembrar: o governo chamou PAC a um conjunto de obras de infra-estrutura públicas e privadas e da área social. O que é bobagem é a suposição de que houve um “Programa de Aceleração do Crescimento”. De fato, um conjunto de incompetências mais concorreu para retardá-lo do que para apressá-lo.

Dilma foi à inauguração de uma barragem em Jenipapo de Minas, no Vale do Jequitinhonha, e deitou falação: “O próprio presidente do partido de oposição disse que acabaria com o PAC como uma das medidas que seriam tomadas, porque o PAC não existe. O que é muito grave, porque nós estamos aqui inaugurando uma obra concreta e essa é uma questão que nós não podemos deixar”. Sua fala merece censura porque faz supor que a tal barragem não existiria sem o suposto programa. Ora, quer dizer que, não existisse essa marca-fantasia, o governo ficaria de braços cruzados? Então teria sido eleito pra quê? Dilma está enganando o público.

Mas ela não pode ser criticada por explorar um erro grotesco cometido pelo presidente do PSDB, Sérgio Guerra, na entrevista concedida à VEJA na semana passada. Raramente alguém disse tantas inconveniências em espaço tão curto. A que se refere a candidata do PT? A esta fala de Guerra: “O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) não se realizou. Não há prioridades programáticas, só números inflados. Apenas os projetos eleitoreiros, os que têm padrinhos políticos, estão andando. As estradas estão esburacadas, os aeroportos estão na iminência de outro apagão, a infraestrutura de transportes, como os portos, foi entregue a políticos e a grupos de pressão. Isso é o PAC na realidade – e nós vamos acabar com ele.”

Ele está certíssimo. Só que afirmar o “Nós vamos acabar com ele” é de uma ingenuidade espantosa para alguém com a sua experiência. Em primeiro lugar, porque está chutando. Já há, por acaso, programa de governo redigido? Em segundo, porque é claro que o PT faria o que está fazendo Dilma: “Olhem, essa barragem é PAC; eles querem acabar com o PAC”; “Esse apartamento é PAC; eles querem acabar com o PAC…” A petista aproveitou até para dizer que o PSDB já quis extinguir o Bolsa Família, o que é apenas uma mentira. Até porque foi o criador dos programas reunidos sob este apelido. O Bolsa Família e o PAC são, na prática, a mesma coisa: dois nomes-fantasia.

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Naquela mesma entrevista, na resposta anterior, Sérgio Guerra ainda fez especulações, nada além disso, sobre mudanças na política monetária e na política cambial… Erro, erro, erro atrás de erro. E que se note: quando escrevo isso, não estou sugerindo que os tucanos devam esconder o que vão fazer. Estou recomendando que parem de especular sobre o nada. Porque ainda não há nada.

Querem se opor ao governo Lula? Eles têm aí o Programa Nacional dos Direitos Humanos, por exemplo. Por que não separam do texto o que presta — até se defendem direitos humanos ali… — e colaboram para desmoralizar o que não presta? A reação até agora foi, para dizer pouco, medíocre. A única figura da oposição que entrou para valer no debate foi a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), mas o fez como presidente da CNA. O DEM também ficou comendo mosca. Houve reação de desagrado aqui e ali,  uma nota, mas nada correspondente à gravidade da questão.

O PSDB ainda não entrou pra valer na campanha, como é notório, mas já cometeu um erro monumental. É bom alguém reunir a tigrada para decidir uma estratégia. Sair falando pelos cotovelos o que dá na telha é expor-se ao contra-ataque. Pode-se, pois, criticar Dilma pelas mentiras ditas, mas não por jogar no erro do adversário.

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