Dillma e Collor: juntos desde 1992!!!
Existe alguma coisa boa em ir envelhecendo? Huuummm… Deixe-me ver… A memória! Isto mesmo: a memória é um bem — caso não se fique gagá precocemente, é claro. Mas vá lá: se isso acontecer, não é de todo mal. Talvez esquecer tudo leve a um estágio da felicidade que a memória plena não alcance. Deixemos […]
Existe alguma coisa boa em ir envelhecendo? Huuummm… Deixe-me ver… A memória! Isto mesmo: a memória é um bem — caso não se fique gagá precocemente, é claro. Mas vá lá: se isso acontecer, não é de todo mal. Talvez esquecer tudo leve a um estágio da felicidade que a memória plena não alcance. Deixemos as divagações de lado.
Ter memória é bom porque certos eventos que nos parecem, às vezes, estranhos, fora da curva, vistos à luz da história, ganham incrível coerência. Vamos a um caso que a muitos surpreenderá.
A “neopetista” Dilma Rousseff está hoje ao lado de Fernando Collor de Mello. São aliados. Na entrevista ao Jornal Nacional, ela chamou essa proximidade — no grupo, estão incluídos José Sarney, Jader Barbalho, Renan Calheiros… — de “experiência”. Dilma acha que, quando um partido se torna experiente, junta-se a esse tipo de patriota.
Ocorre que Dilma e Collor juntos não é nenhuma novidade. É só história!
Em 1992, no auge das denúncias contra o então presidente, quando as evidências de irregularidades saíam pelo ladrão, o homem contava com um aliado de peso. Quem? O então governador do Rio, Leonel Brizola, chefe máximo do PDT, partido de que Dilma Rousseff era um quadro e no qual permaneceu até 2001, quando se filiou ao PT para continuar poder no Rio Grande do Sul.
Assim, eu me junto à gritaria petralha que sustenta que William Bonner foi injusto com Dilma ao sugerir que a atual aliança com Collor contraria o passado da candidata. Não contraria, não, Bonner! O caudilho malsucedido escreveu alguns “tijolaços” acusando a tentativa de golpe contra seu aliado — mesma tese que o PT abraçaria mais tarde para tentar se safar da crise do mensalão.
Mas volto ao ponto. Dilma está hoje com Collor como esteve em 1992. Vão me dizer que isso não é coerência…