Delator da Odebrecht diz ter pago R$ 2mi a Henrique Eduardo Alves
Dinheiro teria abastecido caixa dois da campanha do peemedebista ao governo do Rio Grande do Norte em 2014
Por Reinaldo Azevedo
Atualizado em 30 jul 2020, 20h58 - Publicado em 5 abr 2017, 14h44
Reportagem da Folha informa que o ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Cunha Reis afirmou, em seu acordo de delação premiada, que doou R$ 2 milhões para o caixa dois da campanha do peemedebista Henrique Eduardo Alves ao governo do Rio Grande do Norte, em 2014. Alves perdeu a eleição no segundo turno para Robinson Faria, candidato do PSD. O pedido de contribuição foi feito, segundo o delator, numa reunião entre ele, Alves e Eduardo Cunha. O encontro teria acontecido no dia 6 de setembro de 2014 no gabinete de Cunha, na Câmara. A doação teria sido paga em dinheiro vivo e viabilizada por meio do setor de operações estruturadas da Odebrecht, o chamado departamento de propinas da empresa.
Alves foi ministro do Turismo do governo Dilma Rousseff entre abril de 2015 e março de 2016. Saiu do cargo ao apoiar o impeachment da presidente. Voltou à pasta em 12 de maio de 2016, com a chegada de Michel Temer ao Palácio do Planalto. Sua segunda passagem pelo ministério, porém, não durou muito. Alves pediu demissão em 16 de junho de 2016, após vir a público que ele havia sido citado na delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Machado disse ter pagado propina de R$ 1,55 milhão a Alves entre os anos de 2008 e 2014.
O advogado de Henrique Alves, Marcelo Leal, afirmou que seu cliente nega ter recebido doação ilegal ou por meio de caixa dois; Ticiano Figueiredo, defensor do ex-deputado Eduardo Cunha, disse que as delações da Odebrecht são “um apanhado de afirmações desprovidas de provas que busca despropositada e irresponsavelmente imputar crimes aos principais políticos do cenário nacional”.
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