Dantas diz que ‘facções do governo’ o perseguem por BrT
Da Agência BrasilEm depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas Clandestinas da Câmara, o banqueiro Daniel Dantas, dono do Banco Opportunity, e principal acusado na Operação Satiagraha, da Polícia Federal, se disse perseguido por “facções do governo”, que teriam interesse no controle da Brasil Telecom.“Em 2002, fui avisado que o novo governo […]
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas Clandestinas da Câmara, o banqueiro Daniel Dantas, dono do Banco Opportunity, e principal acusado na Operação Satiagraha, da Polícia Federal, se disse perseguido por “facções do governo”, que teriam interesse no controle da Brasil Telecom.
“Em 2002, fui avisado que o novo governo iria entrar em guerra contra mim. Depois eu percebei que não era o governo, mas facções do governo, que teriam interesse em manter o controle da Brasil Telecom”, disse o banqueiro.
Dantas citou o nome de três petistas que fariam parte dessa facção: o ex-ministro e deputado federal cassado José Dirceu; o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, que atualmente exerce mandato de deputado federal; e o ex-ministro Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República).
“Identifico o ex-ministro Gushiken e seus colaboradores, Dirceu e Palocci”, disse Daniel Dantas aos membros da CPI.
O engenheiro e economista Daniel Dantas, de 54 anos, entrou para cena nacional durante a privatização do sistema Telebrás, em 1998, no governo Fernando Henrique Cardoso. Como dono do Banco Opportunity, liderou o bloco que arrematou a Brasil Telecom, operadora de telefonia que atua nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul. Mesmo com uma participação minoritária na sociedade que formou ao lado do Citigroup, dos fundos de pensão da Caixa, da Petrobras e do Banco do Brasil, e da Telecom Itália, foi Dantas quem assumiu o controle da empresa.