Curado reforça na CPI suspeita de caixa dois na campanha de Mercadante
Do Portal G1: “O depoimento do delegado Diógenes Curado, da Polícia Federal de Cuiabá, à CPI dos Sanguessugas nesta quarta-feira (6) reforça a tese de que o dinheiro (R$ 1,7 milhão) usado para comprar o dossiê contra políticos do PSDB tenha como origem caixa dois de campanha eleitoral. Para o delegado, provavelmente sua conclusão final […]
O delegado disse ainda que são grandes os indícios contra Hamilton Lacerda, ex-assessor da campanha de Mercadante. “O delegado tem a convicção que o Lacerda conduziu ao hotel o dinheiro usado para comprar o dossiê”, afirmou o presidente da CPI, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-SP). O delegado informou à CPI que Lacerda teria usado um telefone frio, em nome de Ana Paula Cardoso Vieira, no período em que esteve no Hotel Íbis, em São Paulo, onde foram presos Gedimar Passos e Valdebran Padilha no dia 15 de setembro com o dinheiro. O celular de Ana Paula, executiva de eventos culturais, teria feito 23 ligações apenas para Jorge Lorenzetti.
Segundo o delegado, imagens comprovam que o telefone de Ana Paula fez ligação para Gedimar da região do hotel no momento em que o próprio Lacerda estava no local, de acordo com imagens do próprio Íbis. ‘É a primeira brecha da armação do crime’, disse o deputado Raul Jungmann (PPS-PE). Em depoimento à CPI, Lacerda negou envolvimento com o dinheiro do dossiê e disse que jamais usou um telefone em nome de Ana Paula.
O depoimento de Curado foi fechado porque alegou que o inquérito sobre o dossiê transcorre sobre segredo de Justiça e que, por isso, precisaria depor em sessão fechada. O argumento foi aceito pelos parlamentares.”