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Crise derruba resultados de grandes grupos no mundo todo

No Estadão On Line:A semana que iniciou com o anúncio de demissões nas grandes empresas do mundo se aproxima do final com mais uma consequência negativa da crise que começou nos Estados Unidos. Agora é a vez de companhias de vários setores anunciarem quedas fortes em lucros. Algumas, inclusive, com prejuízo.É o caso da Ford […]

Por Reinaldo Azevedo
Atualizado em 31 jul 2020, 18h15 - Publicado em 29 jan 2009, 15h22
No Estadão On Line:
A semana que iniciou com o anúncio de demissões nas grandes empresas do mundo se aproxima do final com mais uma consequência negativa da crise que começou nos Estados Unidos. Agora é a vez de companhias de vários setores anunciarem quedas fortes em lucros. Algumas, inclusive, com prejuízo.
É o caso da Ford Motor Co, que registrou prejuízo líquido de US$ 5,9 bilhões (US$ 2,46 por ação) no quarto trimestre de 2008. Trata-se do dobro do prejuízo apresentado no mesmo período do ano anterior – US$ 2,8 bilhões (US$ 1,33 por ação). O desempenho da empresa reflete a forte queda da receita, que no quarto trimestre ficou em US$ 29,2 bilhões, ante US$ 45,5 bilhões apurados no mesmo período em 2007.
Para o ano de 2008, o prejuízo líquido foi de US$ 14,6 bilhões, ante prejuízo de US$ 2,72 bilhões em 2007. Foi o terceiro ano consecutivo de perdas para a montadora norte-americana.
Depois de anunciar o resultado negativo, a empresa confirmou a demissão de 1,2 mil funcionários na unidade Ford Motor Credit a partir de fevereiro e que vai retirar US$ 10,1 bilhões de suas linhas de crédito no próximo dia 3 para usar em usar operações.
Ao contrário da General Motors e da Chrysler, a Ford optou por não recorrer aos empréstimos do governo dos EUA. Acessar os recursos federais abriria a companhia, ainda dominada pela família Ford, ao envolvimento do governo em seus negócios. Para fazer caixa e reduzir custos, a montadora vendeu as marcas Jaguar e Land Rover, reduziu o horário de trabalho de trabalhadores e agora se prepara para vender a marca Volvo.

Consumo em queda
O consumo em queda atingiu também empresas de outros setores. A Eastman Kodak, por exemplo, passou para prejuízo no quarto trimestre por causa do forte declínio nas vendas e anunciou planos de cortar entre 3,5 mil e 4,5 mil empregos, ou de 14% a 18% da mão-de-obra, este ano.
O fato é que a empresa saiu de um lucro líquido de US$ 215 milhões, ou US$ 0,71 por ação, no final de 2007 para um prejuízo de US$ 137 milhões, ou US$ 0,51 por ação, no quarto trimestre do ano passado. O prejuízo reflete a queda nas vendas da empresa, que despencaram 24%, para US$ 2,43 bilhões.
Toshiba e NEC Electronics também anunciaram resultados ruins nesta quinta-feira. No caso da Toshiba, que é a segunda maior fabricante mundial de memória flash, o prejuízo no quarto trimestre de 2008 foi de 121,14 bilhões de ienes (US$ 1,34 bilhão). No mesmo período do ano anterior, a empresa teve lucro de 80,51 bilhões de ienes. A companhia também prevê um prejuízo líquido de 280 bilhões de ienes (US$ 3,1 bilhões) no ano fiscal, o primeiro resultado negativo em sete anos. Em setembro, a Toshiba havia previsto lucro de 70 bilhões de ienes.
Por conta desta situação, a empresa disse que está dispensando 4,5 mil trabalhadores temporários, principalmente nas divisões de chips e de telas de cristal líquido. A Toshiba também adiará a construção de fábricas e reduzirá outros investimentos.
Já a NEC Electronics, unidade de produção de chips da NEC Corp., registrou prejuízo líquido de 19,90 bilhões de ienes (US$ 220,8 milhões), muito maior do que a perda de 936 milhões de ienes no mesmo período do ano anterior. Sua previsão para o resultado do ano fiscal agora é de um prejuízo líquido de 65 bilhões de ienes (US$ 721,4 milhões), bem acima dos 8 bilhões de ienes de prejuízo que havia previsto há três meses.
A empresa informou que fechará algumas linhas de produção e dispensará 1,2 mil empregados temporários até março. A empresa disse ainda que vai reduzir os salários dos diretores e cortar o orçamento de pesquisa e desenvolvimento.

Iene
Atingida pela valorização do iene e também pela queda na demanda dos consumidores, a Sony anunciou que seu lucro no quarto trimestre de 2008 caiu 95% em relação ao mesmo período do ano anterior. A companhia reiterou que, pela primeira vez em 14 anos, deve registrar prejuízo no ano fiscal que termina em março.
O lucro líquido da gigante do setor de eletrônicos caiu para 10,4 bilhões de ienes (US$ 115,395 milhões), de 200,2 bilhões de ienes apurados um ano antes. No trimestre encerrado em dezembro, a Sony apresentou prejuízo operacional de 18 bilhões de ienes (US$ 199,723 milhões), pressionada por perdas em sua divisão principal, de produtos eletrônicos. No mesmo período do ano anterior, a empresa havia obtido lucro de 236,2 bilhões de ienes.
Outra japonesa a apresentar resultados negativos é a Nippon Steel, que prevê um lucro negativo pela primeira vez em seis anos, na medida em que a demanda de montadoras e de outras indústrias por seus produtos siderúrgicos acabados continua a diminuir.
Segunda maior siderúrgica do mundo em volume de produção, a companhia agora prevê um lucro líquido de 175 bilhões de ienes (US$ 1,941 bilhão) no ano fiscal que vai até março, bem abaixo de sua estimativa anterior, de um lucro de 330 bilhões de ienes. A empresa também prevê prejuízo de 37,1 bilhões de ienes no quarto trimestre fiscal, que seria seu primeiro resultado negativo desde que ela começou a divulgar balanços trimestrais, em 2005.

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