CPMF: traduzindo o petês de Mantega para o português

A possibilidade de revisão da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF) só será possível em dois ou três anos, depois que os efeitos da reforma tributária na arrecadação forem sentidos, disse, nesta terça-feira (4), o ministro da Fazenda, Guido Mantega. “Aí será o momento de verificar se vale a pena modificar alguns tributos. Um deles pode ser a CPMF”, disse.

“Eu não considero que todos os tributos sejam permanentes e não possam ser revistos. A ocasião melhor é após a reforma tributária, que buscará, por meio da nota fiscal eletrônica, diminuir a sonegação fiscal e simplificar a cobrança de tributos”, afirmou Mantega a jornalistas, após audiência pública na comissão especial que analisa a prorrogação da CPMF na Câmara dos Deputados.

A proposta do governo para a reforma do sistema de tributos do país será enviada ao Congresso Nacional ainda em setembro. O objetivo do governo é substituir vários tributos por um Imposto Sobre Valor Agregado (IVA) Federal. Ao mesmo tempo, também propõe a criação de um IVA-Estadual para ficar no lugar do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), além da implantação da nota fiscal eletrônica.

No momento atual, segundo Mantega, seria “temerário” acabar com a CPMF, cuja previsão de arrecadação é de R$ 36 bilhões neste ano e de R$ 39 bilhões em 2008. “Temos que socorrer os necessitados. Reduzir a CPMF agora significa reduzir programas sociais. Seria um prejuízo para a população”, disse o ministro.

Voltei
Traduzindo o petês para o português, é o seguinte: o próximo governo, com uma boa chance de ser da oposição, que se vire. É por isso que DEM e PSDB deveriam dar uma lição nessa gente. Mas, pelo visto, o PT será bem-sucedido no seu truque.