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Reinaldo Azevedo

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Começou a derrocada da Louca de Buenos Aires – 700 mil nas ruas contra Cristina

Na VEJA.com: Cerca de 700.000 pessoas, segundo cálculo do governo provincial de Buenos Aires, lotaram as ruas centrais da capital argentina na noite desta quinta-feira para protestar contra o governo Cristina Kirchner. Houve ainda concentrações populares em Córdoba, Mendoza, Rosário e Bariloche. Convocada pelas redes sociais, a mobilização tem o mesmo espírito do protesto realizado em […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 07h27 - Publicado em 9 nov 2012, 04h21

Na VEJA.com:
Cerca de 700.000 pessoas, segundo cálculo do governo provincial de Buenos Aires, lotaram as ruas centrais da capital argentina na noite desta quinta-feira para protestar contra o governo Cristina Kirchner. Houve ainda concentrações populares em Córdoba, Mendoza, Rosário e Bariloche. Convocada pelas redes sociais, a mobilização tem o mesmo espírito do protesto realizado em 13 de setembro, último grande “panelaço” contra as políticas do governo argentino.  

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A manifestação desta quinta foi apelidada de 8N, uma referência ao dia 8 de novembro – e uma ironia ao 7D, sigla escolhida pela presidente para se referir a 7 de dezembro, data que ela impôs para que as empresas de comunicação se adaptassem à nova legislação do setor, a chamada “Lei de Meios”. 

Os protestos interromperam o trânsito em uma das principais avenidas da capital, a 9 de Julho, onde fica o Obelisco, informou o jornal La Nación. Os cartazes exibiam críticas à alta inflação, situação da economia, falta de segurança, aos casos de corrupção e à proposta de permitir que a presidente se candidate mais uma vez à reeleição, o que daria a ela a possibilidade de um terceiro mandato, atualmente vedado pela Constituição

Oposição Antes da data marcada para o protesto, grupos ligados ao governo acusaram a imprensa e a oposição, que governa a província de Buenos Aires, de incentivar a marcha. A maior parte dos políticos opositores deu seu aval à manifestação, mas resolveu não participar para não tirar a legitimidade popular do movimento, segundo o jornal Clarín.

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Citando fontes do governo, o jornal informou que a segurança foi reforçada na Praça de Maio, onde fica a Casa Rosada, sede do poder Executivo, e na residência presidencial de Olivos, na província de Buenos Aires, de onde Cristina Kirchner acompanhou o movimento. Milhares de manifestantes também se concentraram em frente à residência oficial em Olivos. 

“Piores momentos” A presidente, que participou de dois eventos nesta quinta, evitou falar especificamente sobre o “panelaço”. Durante o dia, o mais perto que chegou de mencionar a manifestação foi ao inaugurar um espaço cultural que leva o nome do seu marido Néstor Kirchner, morto em 2010. Ela disse que Néstor lhe deixou a lição de que é preciso lutar sempre, mesmo nos “piores momentos”.

“É nos piores momentos que se conhecem os verdadeiros dirigentes de um país”, declarou a presidente, que ainda ressaltou o fato da Argentina viver uma “democracia total” e “uma liberdade de expressão nunca vista antes” – uma conclusão contrariada pelas atitudes de seu governo, que persegue a imprensa independente. 

Além dos protestos em Buenos Aires e outras grandes cidades, argentinos residentes em outros países também realizaram manifestações nesta quinta-feira em lugares como Itália, França, Austrália, Holanda, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Azerbaijão, Canadá e Áustria.

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