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Com Dilma, recessão é substantivo plural: RECESSÕES!

Texto atualizado às 3h41 desta quinta Ê, Dilma!!! No governo da soberana, recessão é um substantivo que só existe no plural: recessões. Pronto! Chegou! O Boletim Focus prevê o óbvio, que, como diria Chico Buarque, já está em todas as bocas e em todos os becos: haverá recessão neste ano. A previsão, por enquanto, é […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 02h05 - Publicado em 19 fev 2015, 03h41
Texto atualizado às 3h41 desta quinta

Ê, Dilma!!! No governo da soberana, recessão é um substantivo que só existe no plural: recessões.

Pronto! Chegou! O Boletim Focus prevê o óbvio, que, como diria Chico Buarque, já está em todas as bocas e em todos os becos: haverá recessão neste ano. A previsão, por enquanto, é de um encolhimento de 0,42%. Trata-se de um pessimismo modesto. A embicada será maior. Querem um chute? Menos 1,5%.

Trata-se da sétima piora consecutiva nas expectativas dos economistas e agentes econômicos ouvidos para a elaboração do boletim Focus. Quem está surpreso? Não este blog, claro! No dia 20, escreveu-se aqui o seguinte:

recessão títulos

E o mais impressionante é que a previsão de inflação, apesar dos juros estratosféricos, cresceu em vez de cair: passou de 7,15% para 7,27% da semana passada para esta. Há um mês, estava em 6,67%. E, para arremate dos males, o mercado também elevou a sua previsão para a Selic: chegaria a 12,75% ao fim de 2015 — antes, 12,5% (hoje, está em 12,25%). Para 2016, a expectativa continua em 11,5%. Para o dólar, a previsão segue em alta: R$ 2,90 no fim deste ano (antes, R$ 2,80). Para 2016, saltou de R$ 2,90 para R$ 2,93.

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Então ficamos assim: a expetativa é de um ano com juros estratosféricos, inflação acima da meta, recessão e dólar nas alturas. Eis aí o produto de 12 anos de poder petista. O país vive a pior situação entre os Brics e só é superado em ruindade na América Latina pela Venezuela e pela Argentina, que estão em fase de desconstituição.

Era óbvio, não é? Previa-se crescimento zero antes do pacote recessivo de Dilma. Depois dele, obviamente, a recessão era uma fatalidade. Era só uma questão de tempo. Eis aí. “Ah, mas, em 2016, a gente se recupera!” Não! Será outro ano horrível.

Agora vamos ficar atentos ao discurso dos petistas: os companheiros inventaram a “recessão de salvação”.

Levy
Falando a um grupo de 180 investidores nesta quarta, em Nova York, o ministro Joaquim Levy admitiu que o país pode ter vivido uma recessão já em 2014. Falava-se de um crescimento de zero vírgula alguma coisa, mas não de encolhimento. Os números oficiais serão divulgados dentro de um mês. Não creio que Levy seja um Mantega às avessas. Aquele sempre previa o melhor para entregar o pior. Como a recessão neste 2015 é certa, Dilma terá produzido, então, dois anos seguidos de crescimento negativo. Que prodígio! Acho que Levy é um sujeito sério e quer acertar. Mas eu o aconselho: convém dar antes aos nativos as notícias positivas e negativas. Afinal, a tigrada que paga o pato tem o direito de saber primeiro.

Texto publicado originalmente às 15h49 desta quarta
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