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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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Chega a ser “chique” morrer soterrado no Rio… Ou: A politização das águas

E eu que achei que a esquizofrenia paranóide das chuvas tivesse acabado, hein? Que nada! Apesar de as fortes chuvas causarem estragos no Brasil inteiro há várias semanas, gostoso mesmo é quando ela traz alagamentos NA CIDADE de São Paulo. Começam os protestos e a lenga-lenga contra os “demotucanos”. Voltemo-nos, pois, ao jornalismo comparado: Leia […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 13h11 - Publicado em 11 jan 2011, 12h37

E eu que achei que a esquizofrenia paranóide das chuvas tivesse acabado, hein? Que nada! Apesar de as fortes chuvas causarem estragos no Brasil inteiro há várias semanas, gostoso mesmo é quando ela traz alagamentos NA CIDADE de São Paulo. Começam os protestos e a lenga-lenga contra os “demotucanos”. Voltemo-nos, pois, ao jornalismo comparado:

Leia trecho de materinha no Estadão indicando que o Rio de Janeiro tem 18 mil imóveis em risco. Veja você como conseguiram transformar a parvoíce da administração fluminense em uma epifania da gestão Cabral/Lula-Dilma:

“[…] O mapeamento geotécnico foi feito pela primeira vez no Rio usando tecnologias modernas, como levantamento a laser do terreno e ortofotos. Ao todo, foram vistoriados 13,02 quilômetros quadrados (1.302 hectares), dos quais 30% foram considerados áreas de alto risco. Foram mapeadas as encostas localizadas no Maciço da Tijuca e adjacências, abrangendo 52 bairros de todas as regiões da cidade.
Segundo a Prefeitura, a próxima etapa será a elaboração de projetos de obras específicas para cada comunidade em risco. Em 2010, pelo menos 47 dessas comunidades listadas passaram por obras de contenção de encostas e urbanização, além de parte dos moradores ter sido reassentada através do aluguel social e de unidades do “Minha Casa, Minha Vida”.

Que chique, hein? Dá até gosto morrer soterrado no Rio… Por outro lado, a Folha cobre um protesto de moradores da Zona Leste de SP “contra” a chuva, apontando como causa uma obra do Dersa (estadual):
(…) As casas da região alagada ficam às margens de um córrego que, segundo moradores, passou a transbordar após o início das obras realizadas pela Dersa (estatal que administra as rodovias) para a ligação da avenida Jacu Pêssego com o trecho leste do Rodoanel. (…)

Bem, pelo menos tivemos um avanço neste ano: ao contrário da virada 2009/2010 — em que, na mídia, o “caos” paulistano se estendia matreiramente a cidade-satélites (muitas delas dirigidas pelo PT), dando a impressão de que a administração Kassab responde pelo nebuloso conceito de “Grande São Paulo”–, nesta virada de 2011, cidades como Osasco e Carapicuíba caíram na bacia geral da vontade de Deus.

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O autor
O texto acima não é meu. Ele me foi enviado pelo leitor “Adriano” e foi extraído do blog
Flanela Paulistana. Impecável! Na mosca! Já há alguns anos aponto a “politização das águas e dos soterramentos” no Brasil. Quando ocorrem em terras administradas pelo “lulo-petismo-adesismo”, estamos diante da fúria da natureza, da obra de Deus! Se em cidades governadas por tucanos e democratas, aí a responsabilidade é inteira do governante.

Adriano tem razão. Inventaram até uma certa enchente na “Grande São Paulo”, boa parte da região administrada pelo PT. Os prefeitos do partido desapareceram, e só Gilberto Kassab era chamado para “prestar contas” à imprensa cidadã… Se bem se lembram, tentaram afogar a candidatura do tucano José Serra no Jardim Pantanal. Já Sérgio Cabral se transformou numa espécie de herói dos soterramentos no Rio.

A campanha eleitoral para 2012 está em curso. A turma de aluguel da Internet já faz seu trabalhinho sujo, mas muito bem-remunerado, e a chamada grande imprensa não resiste aos apelos dos povos das águas dos “demotucanos”, claro! Os anfíbios do petismo, ou seus soterrados, são solenemente ignorados.

Para que fique claro: é evidente que a imprensa tem de reportar os estragos provocados pelas chuvas e cobrar providências do poder público. É uma obrigação! O que se registra aqui é a politização – ou, mais especificamente, a partidarização – da cobertura. Tal constatação independe de juízo de valor: está nos textos; está nas pautas. Por que é assim? Ainda volto ao tema.

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