Brasil pode ser o primeiro “Bric” a ter nota rebaixada por agências de classificação de risco
Na VEJA.com: O Brasil pode ser o primeiro entre os países do Bric (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China) a ter sua nota rebaixada pelas agências de classificação de risco. A avaliação aparece em texto publicado nesta quarta-feira pelo jornal britânico Financial Times com o título “As chances de um downgrade (rebaixamento) no Brasil”. […]
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O Brasil pode ser o primeiro entre os países do Bric (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China) a ter sua nota rebaixada pelas agências de classificação de risco. A avaliação aparece em texto publicado nesta quarta-feira pelo jornal britânico Financial Times com o título “As chances de um downgrade (rebaixamento) no Brasil”. Ao citar analistas do banco britânico Barclays em São Paulo, a publicação diz que “muito possivelmente” o país pode ser o primeiro entre os grandes emergentes a ter a nota cortada. Se a economia nacional não crescer rapidamente e a situação fiscal continuar em deterioração, dizem os economistas, o downgrade poderia vir no início de 2014.
“Os resultados fiscais de setembro vieram muito mais fracos do que o esperado. O surpreendente resultado foi impulsionado principalmente por um forte aumento das despesas extraordinárias durante o mês, mas as receitas menores que o esperado também ajudaram a intensificar o déficit”, disseram os analistas Bruno Rovai e Marcelo Salomon, citados no texto da coluna “Beyondbrics”. “Continuamos céticos de que essa tendência poderá ser revertida especialmente considerando que as eleições serão realizadas em outubro do próximo ano”, completaram os analistas.
Como os demais economistas do mercado, os analistas do Barclays apontaram a queda do superávit primário e o aumento da dívida líquida do setor público como sinais de preocupação. Para Rovai e Salomon, o quadro “pode pavimentar o caminho para o rebaixamento da classificação soberana no início de 2014″.
Na mira
“A boa notícia para o Brasil é que ele não é o único Bric que está andando sobre o gelo fino. A Índia também é vista amplamente como uma candidata para o rebaixamento dos ratings”, diz a reportagem do FT.