Brasil fica fora de acordo antiarmamento
Na Folha:Após cerca de um ano de negociações, mais de cem países chegaram a um acordo ontem em Dublin (Irlanda) sobre um tratado para banir o uso dos atuais modelos de bombas de dispersão -as “cluster bombs”- em conflitos. O texto, que exige a interrupção da produção atual e a eliminação de estoques em até […]
Após cerca de um ano de negociações, mais de cem países chegaram a um acordo ontem em Dublin (Irlanda) sobre um tratado para banir o uso dos atuais modelos de bombas de dispersão -as “cluster bombs”- em conflitos. O texto, que exige a interrupção da produção atual e a eliminação de estoques em até oito anos, deverá ser assinado em dezembro em Oslo (Noruega).
O Brasil e a Colômbia, na América do Sul, assim como os líderes na fabricação do armamento -Estados Unidos, Rússia, China, Israel, Índia e Paquistão- ficaram de fora.
O Brasil é um dos 34 países produtores e não fez parte das discussões na Irlanda, embora tenho sido “observador” em reuniões prévias. Segundo a assessoria do Itamaraty, o país considera que o foro mais adequado para a discussão sobre as bombas é no âmbito da Convenção sobre Certas Armas Convencionais (CCW, na sigla em inglês), da ONU, do qual o país é signatário.
Ainda segundo a assessoria, as Forças Armadas brasileiras consideram que as bombas de dispersão são importantes para a defesa nacional. Embora nunca a tenha utilizado diretamente, o país exporta a munição.