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Reinaldo Azevedo

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BC agiu tarde para conter inflação, diz “The Economist”

Na VEJA.com: O Banco Central (BC) agiu tarde para controlar a inflação, de acordo com uma reportagem publicada na nova edição da revista britânica The Economist desta quinta-feira. Com o título “Atrás da curva”, a reportagem diz que o BC “age tardiamente para trazer os preços de volta ao controle”. “Um banco central sabe que […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 06h26 - Publicado em 18 abr 2013, 21h21

Na VEJA.com:
O Banco Central (BC) agiu tarde para controlar a inflação, de acordo com uma reportagem publicada na nova edição da revista britânica The Economist desta quinta-feira. Com o título “Atrás da curva”, a reportagem diz que o BC “age tardiamente para trazer os preços de volta ao controle”. “Um banco central sabe que perdeu o controle das expectativas de inflação quando o aumento de preços vira motivo de piada. No Brasil, as piadas foram com o tomate, que ficou muito caro após inundações, secas e o aumento nos custos do frete”, diz o texto.

“Mas os números publicados em 10 de abril (IPCA) mostram que o problema da inflação vai muito além da salada”, de acordo com a publicação. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou março com alta de 6,59% em 12 meses, acima da meta do governo, de 6,5% – e mais de dois terços dos preços consultados para o cálculo da inflação subiram em março.

Uma das razões para o BC ter mantido o juro estável por tanto tempo, de acordo com a reportagem, era a leitura de que a inflação era alimentada por pressões transitórias, como a moeda mais fraca e o pico da comida. Diante do cenário, a The Economist diz que o aumento do juro anunciado nesta quarta-feira foi “tardio” e num momento em que a economia não dá sinais de força. “Menos empregos estão sendo criados. A produção industrial e o Índice de Atividade Econômica caíram em fevereiro. O núcleo das vendas no varejo caiu pela primeira vez em quase uma década, um sinal particularmente preocupante, dado que apenas o consumo doméstico manteve o Brasil fora da recessão em 2012.”

De acordo com a revista, ainda que atrasado, o aumento do juro “sugere que o BC reconhece que precisa recuperar alguma credibilidade perdida”. “Sua independência operacional tem sido questionada desde agosto de 2011, quando cortou as taxas mesmo com a inflação em 7,1% – e manteve os cortes mesmo com a inflação acima da meta”, diz. “A presidente Dilma Rousseff tem alardeado, desde então, que as taxas de juros mais baixas são uma ‘conquista’ do governo.” A reportagem diz ainda que a inflação alta tem atingido, especialmente, as famílias de menor renda, o que pode prejudicar Dilma nas eleições de 2014.

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