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Assim não dá, doutor presidente do TCU! Nem pensar!

Ao longo de oito anos, Luiz Inácio Lula da Silva fez um esforço contínuo, metódico, incansável, para desmoralizar o TCU (Tribunal de Contas da União) e torná-lo irrelevante. Hoje, há obras federais sendo tocadas ao abrigo de qualquer fiscalização. Para ser preciso, não foi só o TCU, não. O então presidente atacou todos os órgãos […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 13h03 - Publicado em 26 jan 2011, 15h28

Ao longo de oito anos, Luiz Inácio Lula da Silva fez um esforço contínuo, metódico, incansável, para desmoralizar o TCU (Tribunal de Contas da União) e torná-lo irrelevante. Hoje, há obras federais sendo tocadas ao abrigo de qualquer fiscalização. Para ser preciso, não foi só o TCU, não. O então presidente atacou todos os órgãos que tinham alguma atribuição relacionada à vigilância do Executivo.

Assim, constate-se, o tribunal estava na mira, por maus motivos, não é de hoje. A Folha de hoje (ver post da manhã) traz uma reportagem informando que o presidente do tribunal, Benjamin Zymler, dá aulas e palestras remuneradas a representantes de entidades e órgãos públicos submetidos à investigação do tribunal. Aí o TCU entra na mira por bons motivos — e estes acabam se misturando àqueles, de sorte que o certo serve para referendar também o errado.

Não dá, não, doutor Zymler! Ou uma coisa ou outra. Ou o senhor escolhe a carreira de palestrante bem-remunerado ou a de fiscal — em última instância, é isto o que o senhor é: fiscal! Trata-se de uma função nobilíssima na República. Aliás, esta não existiria se a sociedade não tivesse o poder de vigilância. Como órgão de assessoramento do Legislativo, o TCU representa os olhos dos cidadãos.

Se o doutor Zymler desse aulas particulares de culinária, música ou javanês fora do horário de expediente, poderia cobrar à vontade por seu ofício paralelo. Palestras e cursos relacionados à sua atividade principal, justamente àqueles a quem vai fiscalizar depois? Pode até não ser ilegal, doutor, mas é imoral, acredite. O senhor faça o que quiser com a sua moral, mas está obrigado a preservar a do tribunal.

Ou uma coisa ou outra.

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