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Assange: muito além do ridículo

Leiam o que vai no Estadão Online. Volto em seguida: Assange pode ser executado ou ir para Guantánamo, dizem advogados Os advogados de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, disseram que seu cliente corre “sério risco” de ser condenado à morte ou de se tornar um prisioneiro em Guantánamo caso seja extraditado para a Suécia, onde […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 13h11 - Publicado em 11 jan 2011, 20h32

Leiam o que vai no Estadão Online. Volto em seguida:

Assange pode ser executado ou ir para Guantánamo, dizem advogados

Os advogados de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, disseram que seu cliente corre “sério risco” de ser condenado à morte ou de se tornar um prisioneiro em Guantánamo caso seja extraditado para a Suécia, onde é acusado de delitos sexuais, segundo reportagem do jornal britânico The Guardian.

Os representantes legais de Assange, apresentando um resumo de como defenderão o australiano no caso da extradição, argumentam que é provável que os EUA tentem sua extradição assim que ele for enviado à Suécia. Sob custódia dos americanos, Assange “correria sério risco de ser detido em Guantánamo ou algum outro lugar”.

A prisão de Guantánamo é usada pelos EUA para abrigar presos considerados perigosos, como terroristas e fundamentalistas. Os defensores de Assange e o próprio fundador do WikiLeaks acreditam que os EUA planejem indiciá-lo por conspiração e espionagem. O vice-presidente americano, Joe Biden, chegou a chamá-lo de “ciberterrorista”.

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“Se Assange for levado aos EUA sem garantias de que não seria condenado à morte, há um grande risco de que essa seja sua pena. É de conhecimento de todos que figuras proeminentes, se não disseram diretamente, insinuaram que ele deveria ser executado”, diz o documento dos advogados de Assange.

Assange está em liberdade condicional. Ele permaneceu preso por nove dias em Londres, mas foi libertado após pagar fiança de 200 mil libras (R$ 533 mil) e depois que um recurso da promotoria sueca contra sua libertação foi rejeitado.

Atualmente ele está hospedado em uma mansão a nordeste de Londres, propriedade de um colega. Ele havia sido detido pelos britânicos por conta de um mandado de prisão internacional expedido por Estocolmo.

O australiano compareceu à corte nesta terça para uma audiência, a primeira do ano sobre o caso de sua extradição, que será definida no início de fevereiro. Após a sessão, ele afirmou que “o trabalho do WikiLeaks continua”.

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Assange é acusado pela Justiça sueca de delitos sexuais contra duas mulheres. Elas o acusam de coerção ilegal, estupro e de tê-las. Ele nega as acusações e diz que “há evidências bem sugestivas” de que as mulheres foram motivadas por vingança, por dinheiro e por pressão policial para dar queixa.

Comento
Quanto mais leio sobre esse rapaz, mais vou sendo tomado por aquela desagradável sensação da vergonha alheia, sabem como é? Chego a achar impressionante que não tenham percebido que Assange é um misto de mitômano com megalômano, e sua patologia, pelo visto, está contaminando também seus advogados. A história de que ele pode ir parar em Guantánamo ou ser condenado à morte é espantosamente ridícula. É parte do esforço para mantê-lo na mídia.

Já escrevi tudo o que penso sobre esse cara. Essa síntese que vai acima, do Estadão, é obviamente exagerada. O que foi divulgado, até agora, sobre a diplomacia americana não constrangeu ninguém. Nem haveria motivos para isso. Ao contrário até: o que se viu foi um corpo diplomático muito disciplinado, atento a detalhes, dedicado a relatar em minúcias a seus chefes aquilo que vê, ouve e, eventualmente, fala.

Assange, ele sim, andou enfiando os pés pelas mãos quando decidiu se comportar como chantagista no caso do Bank of America. Até agora, mantém a ameaça de divulgar documentos devastadores etc e tal. Vocês já conhecem a história. Desconfio, às vezes, que ele é uma espécie de Truman Burbank, do filme The Truman Show, estrelado por Jim Carrey e dirigido por Peter Weir. Está mais para personagem do nosso tempo do que para uma pessoa real.

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Nunca caí na conversa. Essa história de hoje diz bem com que – ou com quem – o mundo está lidando. Não sei quem é o diretor desse filme. Uma coisa é certa: ele odeia os EUA.

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