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Reinaldo Azevedo

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As últimas da ministra das paroxítonas hiperparoxítonas

Leia o que vai abaixo. Preste atenção ao que está em vermelho: Por Wellington Bahnemann, da Agência Estado. Volto depois:A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, afirmou nesta sexta-feira, 15, que o governo não teme “nenhuma investigação” sobre os gastos com os cartões corporativos, referindo-se à CPI mista protocolada no Senado na última quinta-feira. […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 19h52 - Publicado em 15 fev 2008, 22h18
Leia o que vai abaixo. Preste atenção ao que está em vermelho:

Por Wellington Bahnemann, da Agência Estado. Volto depois:A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, afirmou nesta sexta-feira, 15, que o governo não teme “nenhuma investigação” sobre os gastos com os cartões corporativos, referindo-se à CPI mista protocolada no Senado na última quinta-feira. “Nossa liderança se posicionou favorável a realizar a CPI”, afirmou. Dilma defende que a investigação inclua os gastos a partir 1998 (na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso) para que se verifique a melhora das despesas com cartão corporativo. Segundo a ministra, a CPI é importante para que se aperfeiçoe a utilização do cartão corporativo. “Muita coisa precisa ser aperfeiçoada, só não podemos achar que o cartão é mau.”

“O cartão é a melhor maneira de controlar essas pequenas despesas. Não apenas a União instituiu o cartão como também reduziu esses pequenos gastos. Em 2001, essas despesas eram de R$ 233 milhões. Ano passado, elas foram de R$ 177 milhões. Só não foi menor porque houve gastos com o Censo Agropecuário e com o Panamericano”, disse. Apesar da celeuma envolvendo os cartões corporativos, Dilma afirmou que todo órgão público, seja prefeituras ou estados, utiliza esse meio de pagamento. Ela inclusive cobrou que se compare os gastos da União com outros Estados. “Li na imprensa que em São Paulo esse gasto é de R$ 108 milhões. É preciso olhar proporcionalmente, porque nós cobrimos do Oiapoque ao Chuí”, disse.ComentoViram só? A ministra das paroxítonas hiperparoxítonas não esconde o objetivo de se fazer a CPI retroativa a 1998: demonstrar que o governo Lula é melhor. Entenderam? Descobre-se a lambança com os cartões, o que só serve de pretexto para provar a superioridade do… governo Lula! Não é só: CPI agora virou espaço de aperfeiçoamento da administração. Santo Deus!

Não acabou: ela também fala dos gastos de São Paulo e investe na fraude comparativa que ainda está presente em parte da imprensa: seriam R$ 108 milhões do governo de São Paulo contra os R$ 177 milhões do governo federal.

Pelo menos se corrigiu parte da fraude, não é? De tanto que se martelou aqui. Até outro dia, falavam em R$ 75,6 milhões. Há uma diferença importante, de saída, que a mídia “isentista” não quer fazer: só se conhece a destinação de 11% dos gastos federais. No caso de São Paulo, é possível rastrear 100% dos gastos. No caso dos federais, há verbas secretas; em São Paulo, não há.

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Mas isso não é tudo. Dilma insiste em que, em 2001, os gastos emergenciais eram de R$ 233 milhões, e, no ano passado, de R$ 177 milhões. Huuummm. Para os idiotas do petralhismo que ficam enviando comentários para cá, isso basta.

Para mim não basta, não. Quero saber, daqueles R$ 233 milhões, quanto era gasto secreto e saque na boca do caixa. E hoje? Essa é a pergunta que interessa. Também é preciso saber se houve despesas que passaram a ser supridas pelo Orçamento, deixando a condição de emergenciais.

Mais um ministro de estado — Tarso Genro já fez isso — demonstra que o objetivo da CPI não é apurar nada, mas buscar um atestado de inocência para Lula e de condenação para FHC. E, por incrível que pareça, não há qualquer denúncia contra o governo tucano: eles vão “apurar” para saber se houve irregularidade. E isso é inédito na história.

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