As outras delinquências intelectuais do discurso do califa do Estado Petista
Ninguém nunca censurou o PT por usar dinheiro privado em campanha. O que se investiga é a cobrança de propina
Ah, tem mais Babalorixá de Banânia.
Ele voltou a atacar a imprensa no encontro com a juventude petista. Disse haver uma campanha “de setores da imprensa e da sociedade” para manchar a imagem do PT. Ao tratar do assunto, criticou o PSDB e colocou em dúvida as doações eleitorais feitas a tucanos:
“Quero saber se o dinheiro do PSDB foi buscado numa sacristia. Então nosso companheiro Vaccari, que é um companheiro inteligente, pegava dinheiro de propina e o PSDB ia lá no cofre e pegava dinheiro limpo? Não podemos permitir que chamem petista de ladrão”.
Sobrou até para o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, acusado por Lula de “fechar escolas”, enquanto “a gente está se matando para abrir mais delas”.
Bem, são várias delinquências intelectuais combinadas aí, não é mesmo?
Em primeiro lugar, parece-me que Lula admite o uso de dinheiro sujo, embora tente dividir a responsabilidade com os adversários.
Ninguém nunca censurou o PT por usar dinheiro privado em campanha. O que se investiga é a cobrança de propina, que é coisa muito distinta, certo? O PSDB, por acaso, tinha como assaltar a Petrobras, a Eletrobras e outros órgãos do governo federal, ainda que quisesse?
Quanto às escolas… Dizer o quê? A espera para se conseguir uma vaga numa creche na cidade de São Paulo, administrada por Fernando Haddad, conselheiro de Lula, passa de 800 dias.
De resto, é uma mentira escandalosa a história de que o Estado esteja fechando escolas.
Eis aí: o Apedeuta concede entrevistas a jornalistas e brinca de aplaudir a Lava Jato, dizendo que ela vai mudar o Brasil e tal e que só se opõem a exageros. Quando fala aos seus, sai em defesa de João Vaccari Neto, que é protagonista da narrativa de praticamente todos os delatores.
Isso desmoraliza os jornalistas que o entrevistam. Nem preciso explicar por quê.