Alô, professores do Rio! Vocês precisam escolher entre a defesa dos interesses de sua profissão e a defesa dos interesses do PSOL; entre o próprio futuro e o futuro de Marcelo Freixo, o doce de coco do Caetano
Começo conforme o prometido, com a fotinho. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), fez o que cabe a um gestor sensato fazer: tentar romper o impasse que cria severos entraves ao funcionamento regular da educação na cidade do Rio. Hoje, a área é refém de uma minoria de extremistas de esquerda, liderada pelo PSOL […]
Começo conforme o prometido, com a fotinho.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), fez o que cabe a um gestor sensato fazer: tentar romper o impasse que cria severos entraves ao funcionamento regular da educação na cidade do Rio. Hoje, a área é refém de uma minoria de extremistas de esquerda, liderada pelo PSOL — de Marcelo Freixo, o doce de coco de Caetano Veloso, Chico Buarque e Wagner Moura —, com o apoio indisfarçado do PT, do senador Lindbergh Farias, que aproveita para fazer a sua campanha ao governo do Rio.
A questão assumiu dimensões que vão além da insanidade, além da estupidez. Como o movimento conta com o apoio bucéfalo de setores da imprensa, que hoje se deixam intimidar, imaginem!, por black blocs, os ditos “socialistas com liberdade” perderam qualquer noção de limite. Para negociar com a Prefeitura, exigem até a demissão da competente Cláudia Costin, secretária de Educação. Se e quando o PSOL vencer uma eleição na cidade, aí, então, demita do secretariado e para ele contrate quem quiser. Quem recebeu essa atribuição da maioria do eleitorado da capital fluminense foi Eduardo Paes.
O prefeito decidiu dar início a uma interlocução direta com outras lideranças do professorado, que não aquelas do sindicato, que já não atua mais em defesa da categoria, mas de um partido. Aliás, depois do caso da deputada estadual Janira Rocha, que admitiu que dinheiro de sindicato foi usado para financiar sua campanha e para a criar o próprio PSOL, é muita cara-de-pau dessa gente sobrepor, mais uma vez, os interesses do partido aos do próprio professorado.
Espero que caia a ficha dos professores. Eles terão de decidir se cuidam do próprio futuro e do futuro de sua carreira ou se ajudam a fortalecer o PSOL, destruindo a educação no município. Leiam reportagem de Pâmela Oliveira, na VEJA.com:
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O prefeito Eduardo Paes, que enfrenta uma paralisação de 52 dias na rede municipal de educação, desistiu de tentar negociar o fim da greve com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) e busca novos canais de diálogo com a categoria. Nesta terça-feira, Paes participou de uma reunião com representantes dos conselhos de professores, diretores e pais de alunos das escolas municipais, no Palácio da Cidade, em Botafogo, na Zona Sul. Durante o encontro, que se estendeu por cinco horas, o prefeito ouviu reivindicações, como melhorias da estrutura física das escolas, e propostas sobre a reposição das aulas.
“Diálogo pressupõe uma pauta racional de reivindicações. Quem senta à mesa e pede a exoneração da secretária (Claudia Costin) e a revogação de uma lei que dá aumento ao professor não está querendo negociar. Quer fingir que negocia. A direção do sindicato radicalizou. Eles querem até nomear a secretária da Educação no meu lugar”, afirmou Paes. “Eles não querem acordo. Por isso estamos conversando com outros representantes dos professores”, afirmou.
O prefeito afirmou que os educadores que não voltarem às salas de aula terão o ponto cortado. Na segunda-feira, o Tribunal de Justiça negou recurso contra a liminar que obrigou os professores a voltar a trabalhar, sob multa diária de 200.000 reais, e autorizou o corte do ponto dos grevistas a partir do dia 3 de setembro, data em que o Sepe-RJ foi intimado a cumprir a decisão.
“A direção das escolas vai informar as faltas à secretaria de Educação e os grevistas terão o ponto cortado”, avisou o prefeito.
Segundo Paes, a greve chegou a atingir quase 20% dos 42.000 professores da rede, mas perdeu força. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, a paralisação, hoje, afeta 10% dos educadores. Paes se recusou a comentar a atuação da Polícia Militar durante o confronto da noite de segunda-feira, após protesto de professores, no centro da cidade.
“A única coisa que eu garanto é que aquelas cenas de vandalismo não têm qualquer relação com o professor do município. Professor da rede municipal não faz aquilo, não pratica vandalismo”, disse.