Ah, se a força-tarefa fosse sempre tão rápida! Lula não estaria tentando derrubar ministro
Se a força-tarefa da Lava-Jato demonstrasse a, digamos, celeridade e determinação com os demais envolvidos da Lava-Jato que exibe quando os alvos são Eduardo Cunha e Marcelo Odebrecht, creio que o establishment político já estaria bem mais preocupado — quem sabe, desfalcado. Notem que nem estou entrando no mérito das culpas — até porque isso […]
Se a força-tarefa da Lava-Jato demonstrasse a, digamos, celeridade e determinação com os demais envolvidos da Lava-Jato que exibe quando os alvos são Eduardo Cunha e Marcelo Odebrecht, creio que o establishment político já estaria bem mais preocupado — quem sabe, desfalcado.
Notem que nem estou entrando no mérito das culpas — até porque isso cabe à Justiça —, mas é impossível não perceber o firme propósito de fazer de Cunha e de Odebrecht as figuras exemplares de um escândalo que, até agora, por incrível que pareça, não chegou ao Poder Executivo. E, tudo indica, não vai chegar.
Assim, o assalto à Petrobras e ao estado brasileiro corre o risco de entrar para a história como um conluio entre empreiteiros e parlamentares de segunda linha — sim, à época dos crimes, Cunha nem era da cúpula do Congresso. Alguém dirá: “Como assim, Reinaldo, vejam como já está claro o envolvimento de Lula e familiares!!!”.
Está?
Há ao menos um inquérito para investigá-los?
Se a força-tarefa fosse sempre tão rápida, talvez Lula estivesse ocupado em se defender, em vez de ficar tentando derrubar ministro.