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Agora que Caetano vira black bloc, Mano Brown atua como animador de “playboy”. Quem disse que nada de novo acontece no Brasil?

Vou parodiar os petralhas. Quá, quá, quá. KKK. Vocês queriam o quê? Não tinha lido uma reportagem de Leandro Machado na Folha Online. Um leitor acaba de chamar a minha atenção. Pelo visto, agora que Caetano Veloso pode aderir ao anticapitalismo, Mano Brown, o Lênin do RAP, decidiu fazer o contrário. É… Se Caetano é black […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 05h22 - Publicado em 17 set 2013, 22h38

Vou parodiar os petralhas. Quá, quá, quá. KKK. Vocês queriam o quê?

Não tinha lido uma reportagem de Leandro Machado na Folha Online. Um leitor acaba de chamar a minha atenção. Pelo visto, agora que Caetano Veloso pode aderir ao anticapitalismo, Mano Brown, o Lênin do RAP, decidiu fazer o contrário. É… Se Caetano é black bloc, Mano Brown vira animador de “playboy”. Acho que faz todo sentido. Leiam trecho do texto da Folha.
*
Uma fila de Porsches, Mercedes, Ferraris e Range Rovers se formou na rua Quatá, na Vila Olímpia. Os mais modestos chegavam de i30 ou Fiat 500. O estacionamento, a R$ 30, ficou lotado. “Doors open at 10:00 PM”, dizia o flyer da Royal Club, balada de “mauricinhos” na zona sul de São Paulo. Era show dos Racionais MC’s, o maior expoente do rap brasileiro e voz autoproclamada da periferia. Duas horas antes do show, anteontem, os carrões paravam e o público fazia a “social” na porta da casa. Os VIPs entravam correndo. Andrés Sanches, ex-presidente do Corinthians, entrou rápido e logo foi para o camarote –R$ 3.500 o mais caro, para dez pessoas. Denilson, ex-jogador e comentarista da Band, também não fez hora. “Você quer que eu fale da banda? Não conheço muito, mas pode anotar aí que eu gosto”, disse a promoter Gabriela Burbos, 20, salto altíssimo, shortinho e boné ao estilo “rapper” virado de lado. Na fila, ela encontra o amigo Rodrigo Queiróz, 22, jogador de futebol sem clube no Brasil, mas “com transferência certa para a Hungria”. Eles dizem ser habitué da Royal e, nesse domingo, tiveram a oportunidade de assistir a um dos grupos mais famosos do Brasil em um local, digamos, mais exclusivo.

Os Racionais, até o fim dos anos 90, tocavam apenas em casas dedicadas ao rap. Mano Brown dizia (e cantava) não gostar de playboys. A presença do grupo num lugar como a Royal seria impensável há dez anos. Em 2010, a banda se apresentou lá, mas sem sua clássica formação, com Mano Brown, Ice Blue, Edi Rock e KL Jay. A Folha tentou conversar com a banda antes do show, mas os integrantes não falaram.
(…)
A Royal, que tem capacidade para 600 pessoas, estava lotada –o ingresso custava R$ 100 para homens e R$ 60 para mulheres. O bar, cheio, cobrava a R$ 16 uma cerveja e R$ 35 a dose de tequila. Nos camarotes, baldes com garrafas de champanhe eram servidos com velas de aniversário presas ao gargalo. Cada garrafa custava R$ 430. Por volta das 2h, começou uma batida e tudo escureceu. Uma fumaça branca e gelada foi lançada de um canhão no teto. Quando a névoa se dissipou, lá estavam os Racionais no palco.
(…)
Se não empolgou, não foi só por culpa da banda. O público parecia mais interessado em registrar a ocasião com smartphones do que em ouvir a música. Mano Brown só cantou. Não fez nenhum de seus famosos discursos. “Obrigado, São Paulo, segunda é dia de trampo”, encerrou.

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