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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Agnelo Queiroz vira réu por improbidade

Dias antes de se licenciar do cargo de médico do Distrito Federal, Queiroz dobrou sua jornada de trabalho – e consequentemente sua remuneração

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 22h41 - Publicado em 19 Maio 2016, 14h05

Por Nicole Pusco, na VEJA.com:

O ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) e a secretária de Saúde do DF Marília Coelho Cunha se tornaram réus em um processo de improbidade administrativa por terem dobrado o salário do petista no apagar das luzes do governo dele. Médico licenciado da Secretaria de Saúde do DF, Agnelo voltaria a exercer a função assim que deixasse o governo, em janeiro de 2015. Dias antes, Marília expediu uma portaria que dobrou a jornada de trabalho de Queiroz como prestador de serviço da pasta – passando de 20 para 40 horas semanais -, o que elevou o salário dele. O problema é que Agnelo tinha conseguido um prêmio por pontualidade no trabalho e ficaria afastado do cargo – ou seja, receberia o dobro sem exercer sua função.

Conforme consta no site da própria secretaria, um médico pode ganhar entre 6.327 reais e 7.717,87 reais, no caso de 20 horas de jornada de trabalho. A remuneração sobe para 12.654 reais e até 15.435,74 reais para 40 horas semanais.

Na decisão que transformou os investigados em réus, datada de 5 de abril, o juiz Roque Fabricio Antonio de Oliveira Viel, da 4ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal, argumentou que o ato não estava de acordo com o interesse público e que o requerimento não foi feito sequer pelo então governador. Além disso, de acordo com o magistrado, a medida não foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal. “Consta ainda que o servidor já havia requerido o gozo de férias e licença prêmio por assiduidade a partir de janeiro de 2015, mas mesmo assim foi aumentada sua jornada”, escreveu o juiz.

Agnelo Queiroz afirmou, em sua decisão, que cumpria mais de 40 horas semanais de trabalho antes mesmo da expedição da portaria. Por isso, o aumento de sua jornada “atende ao bom senso da razoabilidade”, segundo ele. Queiroz também disse que “não há indícios suficientes da existência de ato improbidade”.

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Já Marília Coelho Cunha se justificou dizendo que o objetivo era “orientar os órgãos da administração de pessoal sobre o processo a ser adotado quanto à jornada de trabalho” de Agnelo Queiroz. Segundo ela, não houve necessidade de requerimento do então governador, “pois a jornada prolongada já se havia incorporado” no dia-a-dia do médico.

Viel, porém, afirmou que as justificativas apresentadas “não são suficientes”. O juiz, então, acatou pedido do Ministério Público e determinou que Agnelo Queiroz volte a cumprir a cumprir 20 horas semanais.

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