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Afirmar que Dirceu está em regime fechado é coisa de gente ignorante e de má-fé. Não é matéria de opinião. É só uma mentira!

Reportagem da revista VEJA desta semana informa que José Dirceu e os mensaleiros petistas têm alguns privilégios na cadeia. Vai acontecer o quê? Há gente dizendo que Dirceu está em regime fechado e que isso é ilegal. Vamos à primeira questão: só se a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal e o Ministério Público […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 04h15 - Publicado em 17 mar 2014, 07h23

Reportagem da revista VEJA desta semana informa que José Dirceu e os mensaleiros petistas têm alguns privilégios na cadeia. Vai acontecer o quê? Há gente dizendo que Dirceu está em regime fechado e que isso é ilegal.

Vamos à primeira questão: só se a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal e o Ministério Público tomarem alguma providência. O governo do DF, liderado pelo petista Agnelo Queiroz, não vai fazer nada. Até porque o próprio governador foi visitar Dirceu secretamente. Depois disso esperar o quê?

Quando à afirmação de uns e outros de que Dirceu estaria em regime fechado, trata-se de uma rematada bobagem, de uma estupidez sem limites, de ignorância mesmo ou de má-fé. É coisa de gente que escreve a primeira bobagem que lhe dá na telha, no intuito de servir à causa, sem nem fazer uma pesquisa.

O que caracteriza o regime fechado ou semiaberto não é poder trabalhar ou não, mas a natureza da instituição prisional, que tem menos vigilância, que é menos rigorosa. São alas distintas. Dirceu está na ala reservada aos presos do semiaberto, que tem esse nome, mas é um regime também fechado.

De fato, no regime semiaberto, o preso pode ter — pode, não quer dizer que deva — algumas licenças que não se concedem a quem está no regime fechado: uma delas é trabalhar fora. Mas essa é uma licença que a Vara de Execuções Penais concede se achar pertinente. O juiz não é obrigado a aceitar o pedido. Mais: a concessão pode ser suspensa ou revogada se ficar provado que o preso desrespeitou regras e normas. Aconteceu com Delúbio Soares.

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A reportagem da VEJA, que traz imagens dos mensaleiros presos, informa que Dirceu fez da biblioteca do presídio uma espécie de escritório privado, ao qual bem poucos presos têm acesso; que ele e os outros petistas recebem visitas em horários diferenciados; que não comem as quentinhas servidas aos demais, mas uma comida especialmente feita por dois detentos, que cuidam de um cardápio especial. Mais: os petistas usam uma sala adaptada como refeitório, distinguindo-se dos outros abrigados na Papuda. Têm acesso a perfumes importados e a lanches do McDonald’s. Dirceu já foi atendido até por seu podólogo.

A Vara de Execuções Penais, não custa lembrar, ainda apura se o ex-ministro usou um celular no presídio, o que é proibido. Ele nega. Quem disse ter conversado com ele ao telefone foi ninguém menos do que o secretário da Indústria, Comércio e Mineração da Bahia, James Correia, subordinado do governador petista Jaques Wagner. Atenção! James é amigo pessoal de Dirceu.

Para quem já foi o segundo homem mais poderoso do país, esses privilégios nem parecem grande coisa. Ocorre que eles são vedados aos demais presos. E o Brasil, até que não seja revogada ao menos, é uma República. É evidente que se trata de concessões inaceitáveis.

E reitero: a acusação de que ele está preso ilegalmente, em regime frechado, é só uma boçalidade. Ou é coisa de quem não sabe do que está falando ou de quem sabe e está fazendo militância partidária.

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