Acabei não comentando ontem. Quase tive pena de Heloísa Helena na entrevista concedida ao
Jornal da Globo. Se, no
Jornal Nacional, ela se saiu bem, o resultado ontem lhe foi catastrófico. Ela teve, enfim, a chance de expor todas as sandices defendidas pelo PSOL. Dentre outras coisas, se eleita, promete fazer um plebiscito para que a população decida se algumas empresas já privatizadas devem ou não ser reestatizadas. Isso, claro, depois de uma auditoria. Tentou recorrer à velha tática discursiva malufista de não responder o que lhe era perguntado, aproveitando para fazer proselitismo. William Waack e Criatiane Pelajo não caíram no truque. “Vai cortar ponto de servidor que fizer greve em serviço essencial?”. Ah, com ela não haverá greves porque a justiça estará no poder. Entendo. Esqueçam. E daí para baixo. Os tucanos e pefelistas podem desistir de apostar no seu avanço para provocar um segundo turno. Sabem o pior de tudo? Ela deve acreditar nas maluquices que diz. Ou teria, no caso do aborto, dado uma resposta de esquerda — logo, cínica. Mas não. Rejeitou o aborto, ao contrário da pregação das feministas e dos esquerdistas. Esses dois particulares — a opinião em si e o destemor com a patrulha — contaram a seu favor no meu tribunal. Logo, a esquerda não deve ter gostado. Pior para Loló. Eu jamais votaria nela. No fim da entrevista, tentou explicar o seu socialismo cristão: é um mundo em que judeus e palestinos convivam pacificamente em vez de jogar pedras uns nos outros. Marxismo cristão com judeus e palestinos já começa por ser uma idéia fora do lugar, hehe. Loló nem deve ser de esquerda. Ou estaria gozando os benefícios do petismo. Ela só é um pouco confusa, coitada. A onda acabou. É disso que tem para menos.
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