A última do terror
Há quanto tempo este blog chama de mera operação de marketing a libertação das duas reféns que estavam em poder das Farc, na pantomima comandada por Hugo Chávez? Desde o primeiro dia. A maior parte da mídia mundial — sim, mundial — comete um erro brutal: espetaculariza o drama de duas pessoas — acompanhando, por […]
Fui chamado aqui de desumano. A canalha petralha saudou o “sucesso” de Hugo Chávez. “O que importa é libertar os reféns”, diziam. Governos em penca fizeram o jogo do terror, inclusive o da França, sob o comando de Nicolas Sarkozy, que vive um péssimo momento, deixando-se confundir com uma celebridade de segunda categoria — as de primeira, como Angelina Jolie e Brad Pitt, são hoje mais discretas e elegantes do que o presidente francês. Quando gosto, aplaudo; quando não gosto, jogo tomate. Vale também para Sarkozy. Quando venceu a esquerda francesa do miolo mole (apesar daqueles olhos de Ségolène…), palmas; no caso da Colômbia, tomatada. Observação à margem: Sarkozy entrou na caravana dos insensatos por estrelismo e desprezo pelo Terceiro Mundo; Marco Aurélio Top Top Garcia, por primarismo ideológico. Volto.
Os terroristas das Farc seqüestraram mais seis pessoas. Entenderam? Libertaram duas e seqüestraram seis. O saldo do campo de concentração acaba de ser ampliado em mais quatro indivíduos. É a força que Chávez quer ver reconhecida como voz legítima na Colômbia; é o grupo que mereceu a condescendência do governo brasileiro numa nota asquerosa do Itamaraty.
É bom ter princípios, não é mesmo? Um deles é este: não se negocia com terroristas. E ponto final.