A prisão do organizador de roteiros de fuga já fez o primeiro bem ao país…
Sem votar nova meta fiscal, governo foi obrigado a cortar despesas, ou estaria arregaçando a lei... de novo!!!
As peripécias de Delcídio do Amaral foram estourar nas contas. Huuummm… Tudo bem pensado, acho que foi um ganho. A chance de um corte de gastos evitar o desperdício é enorme.
Dada a (des)articulação no Congresso ainda mais desarticulada do que de hábito com a prisão do organizador de roteiros de fuga, o governo se viu obrigado a tomar uma medida drástica. Ou estaria não apenas violando, mas arregaçando a Lei de Responsabilidade Fiscal.
O Planalto publicou nesta segunda no Diário Oficial da União um decreto promovendo um corte de R$ 10 bilhões nas despesas orçamentárias deste ano. Os técnicos do Planalto garantem que as despesas obrigatórias, como salários de servidores, pagamento de aposentadorias e Bolsa Família, não serão suspensas. Já as despesas que não são consideradas essenciais, como a compra de passagens aéreas e o pagamento de diárias, devem ser barradas.
O Ministério das Cidades sofreu o maior bloqueio: R$ 1,9 bilhão de reais. Em seguida, vieram o dos Transportes, com R$ 1,1 bilhão, e o da Integração Nacional, com R$ 872 milhões. O bloqueio vai vigorar até que o Congresso aprove a nova meta do Orçamento deste ano.
O corte foi adotado porque o Congresso ainda não aprovou projeto de lei para alterar a meta fiscal deste ano, que oficialmente ainda prevê uma economia de R$ 55,3 bilhões para o abatimento da dívida pública.
Ocorre que, até outubro, a União já acumulou um déficit de R$ 33 bilhões. A proposta do Planalto, em tramitação no Congresso, prevê que as contas podem fechar o ano com um rombo de até R$ 120 bilhões.