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A Itália dificilmente extraditará Pizzolato, mas isso nada tem a ver com vingança por caso Battisti

Henrique Pizzolato tem dupla cidadania, brasileira e italiana. Como Salvatore Cacciola. É remotíssima a chance de que um processo movido na Itália possa resultar na sua extradição para o Brasil. O tratado vigente entre os dois países não prevê a entrega de nacionais aos respectivos signatários — e, legalmente, ele também é italiano. Para ser […]

Por Reinaldo Azevedo
Atualizado em 31 jul 2020, 04h58 - Publicado em 18 nov 2013, 17h23
Pizzolato: agora ele está na lista oficial de criminosos procurados pela Interpol

Pizzolato: agora ele está na lista oficial de criminosos procurados pela Interpol

Henrique Pizzolato tem dupla cidadania, brasileira e italiana. Como Salvatore Cacciola. É remotíssima a chance de que um processo movido na Itália possa resultar na sua extradição para o Brasil. O tratado vigente entre os dois países não prevê a entrega de nacionais aos respectivos signatários — e, legalmente, ele também é italiano. Para ser mais claro: o Brasil não estaria obrigado a entregar à Itália um brasileiro que tivesse cometido um crime naquele país, mas que nada devesse à Justiça daqui. E vice-versa. Se Pizzolato tem a ficha limpa por lá, esqueçam.

O caso nada tem a ver com o do terrorista Cesare Battisti. Este é um condenado, já sem mais chance de apelo, em seu país de origem. Nesse caso, o tratado obriga a extradição. Mesmo assim, o Brasil disse “não”; mesmo assim, Tarso Genro e Lula deram uma banana para a Itália.

E qual é a “hipótese remota” de uma reviravolta? Não sei quando Pizzolato requereu a dupla cidadania. Se a obteve ainda antes de figurar como réu do mensalão, nem mesmo se pode alegar, sei lá, má-fé. Podia estar interessado apenas no passaporte europeu. Se, no entanto, ficar configurado que buscou a dupla nacionalidade para se livrar da lei, aí há uma chance de se abrir um processo naquele país.

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Atenção! O governo brasileiro pode mover uma ação na própria Justiça italiana. Duvido que o faça. Em primeiro lugar, porque os petistas preferem manter bem distante o instável Pizzolato, que não tem a têmpera do “herói”, como Delúbio ou Dirceu. Em segundo lugar, porque seria alvo do escárnio de muita gente. Não custa lembrar que Tarso e a cúpula petista não gostaram de a Itália ter acionado o Judiciário daqui para obter a extradição de Battisti: consideram uma ingerência em assuntos internos — é claro que é patacoada…

A menos que Pizzolato cometa o erro de Cacciola e decida dar uns bordejos pela Europa, a Justiça brasileira não mais o alcançará, para a alegria da petezada. Mas deixar a Itália pra quê? Se é um lugar e tanto para abrigar o descanso dos justos, imaginem, então, para ser o berço de culpados. Em vez de seis metros quadrados na Papuda, Pizzolato pode passear pela Toscana. Com banho quente e campos de girassóis a perder de vista.

Já era!

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