Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Reinaldo Azevedo

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
Continua após publicidade

A farsa da CPI da maioria contra a minoria

O notório “delegado” Protógenes Queiroz, eleito deputado federal pelo PCdoB com os votos de Tiririca, indiciado ele próprio pela Polícia Federal por dois crimes — esconde-se na imunidade parlamentar —, protocolou na Mesa da Câmara um pedido de CPI das Privatizações, aquelas mesmas já investigadas e viradas do avesso pelo petismo ao longo de nove […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 09h51 - Publicado em 21 dez 2011, 16h09

O notório “delegado” Protógenes Queiroz, eleito deputado federal pelo PCdoB com os votos de Tiririca, indiciado ele próprio pela Polícia Federal por dois crimes — esconde-se na imunidade parlamentar —, protocolou na Mesa da Câmara um pedido de CPI das Privatizações, aquelas mesmas já investigadas e viradas do avesso pelo petismo ao longo de nove anos de governo. O pedido conta com 206 assinaturas, mas ele admite que algumas podem ser “repetidas”. Não diga!!! Sabem como é… É assinatura demais para fazer uma simples checagem e eliminar as repetições… Tenham paciência! O objetivo é um só: manter a farsa no noticiário, assim como se mantém a mentira de que o livro do tal ex-jornalista — indiciado em quatro crimes — já teria vendido 15 mil exemplares. Os esquerdistas se dedicam a uma campanha frenética na rede, mas não jogam dinheiro fora.

Segundo Marco Maia (PT-RS), presidente da Câmara, o exame só será feito no ano que vem. O circo está potencialmente armado. Nada menos de seis ministros foram demitidos sob a suspeita de corrupção. E não há, evidentemente, a menor chance de se instalar uma comissão de inquérito para investigar o que quer que seja. Um ministro como Fernando Pimentel nega-se até mesmo a prestar um simples esclarecimento no Congresso. Mas há, em tese ao menos, a possibilidade de se instalar uma CPI para investigar as privatizações feitas em… 1998!!! Imaginem se os petistas já não teriam botado a boca no trombone e levado ao horário eleitoral gratuito eventuais irregularidades. Nunca o fizeram porque não há o que dizer. É por isso que sempre preferiram a guerra ideológica.

Ter a possibilidade de uma CPI em ano eleitoral pode ser uma arma e tanto de constrangimento da oposição. Não que essas coisas sejam assim tão simples: a Constituição Federal, no Parágrafo 3º do Artigo 58, exige que haja um “fato determinado” para a instalação de uma comissão. Não basta um amontoado de ilações sem provas — e o livro do ex-jornalista indiciado não passa disso.

O leitor talvez não se dê conta do absurdo que é esse pedido —  e não só porque falta o fato determinado. CPIs são instrumentos das minorias, nunca das maiorias. E assim é por um motivo óbvio: se à maioria bastasse se reunir para “investigar” a oposição, convenham que se estaria no caminho de uma ditadura.

Continua após a publicidade

Essa história não passa de uma patuscada, mas é bom a oposição acordar para o que está em curso. Estão tentando usar a CPI não para investigar o que quer que seja — ou alguém pretende chamar Lulinha da Silva para falar sobre o seu contrato com a Telemar? —, mas como instrumento de intimidação da oposição, oposição essa que já é numericamente raquítica. Logo, temos algo além da simples intimidação: é mesmo uma tentativa de extermínio.

É claro que Protógenes, o indiciado, integra o grupo dos parlamentares  folclóricos. Mas é preciso ter claro que o comando do PT está dando apoio nada discreto à iniciativa. Ora, se a coisa colabora para corroer a reputação da oposição, tanto melhor, ainda que seja com um amontoado de delírios.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.