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A briga do PT com o PMDB pelo controle da Funasa: sem-vergonhice na fundação começou em 2003 com o PT. Espalhem a verdade

Vivemos a era da mentira influente, não é? Certo jornalismo parece fazer questão de não ter memória, embora a Internet esteja aí. Nem faz tanto tempo assim, em 1992, este escriba subia até o arquivo da Folha, munido de uma requisição, para pegar pastas empoeiradas sobre este ou aquele assunto. Hoje, basta saber pesquisar — […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 13h07 - Publicado em 18 jan 2011, 17h02

Vivemos a era da mentira influente, não é? Certo jornalismo parece fazer questão de não ter memória, embora a Internet esteja aí. Nem faz tanto tempo assim, em 1992, este escriba subia até o arquivo da Folha, munido de uma requisição, para pegar pastas empoeiradas sobre este ou aquele assunto. Hoje, basta saber pesquisar — e, insisto, ter memória ou não estar abduzido pelo “partido”.

Na sua guerra com o PMDB para controlar a saúde, o PT denuncia — lavando a fonte da denúncia, como sempre — um desvio de R$ 500 milhões da Funasa (Fundação Nacional da Saúde) nos últimos quatro anos. Querem saber? Provavelmente, é verdade. A questão é saber de quem é a culpa. A resposta é simples: é do PT!!!

Em maio de 2000, um decreto do então presidente, Fernando Henrique Cardoso, estabeleceu que TODOS OS COORDENADORES REGIONAIS DA FUNDAÇÃO TINHAM DE SER FUNCIONÁRIOS DE CARREIRA, COM PELO MENOS CINCO ANOS DE EXPERIÊNCIA EM CARGOS DE DIREÇÃO. Se a exigência não zerava o risco de aparelhamento do órgão e de práticas não-republicanas, era certo que a dificultava tremendamente. O ministro da Saúde era José Serra.

Lula presidente, Humberto Costa, futuro líder do PT no Senado, assumiu o Ministério da Saúde. Não havia companheiros em número suficiente que cumprisse aquela exigência. O que fez, então, o digníssimo? Propôs um novo decreto, assinado com gosto pelo Babalorixá, acrescentando uma palavrinha ao texto que abriu as portas da Funasa à sem-vergonhice: as coordenadorias regionais seriam preenchidas “preferencialmente” pelos funcionários de carreira — mas não mais exclusivamente. Sabem o que aconteceu? Em 2003, das 27 coordenadorias, 14 estavam nas mãos de petistas, e outras 13 tinham sido loteadas entre partidos da base aliada. E a Funasa, que funcionava, virou a bagunça que é hoje. Trata-se do órgão mais aparelhado da República.

Costa cravou, então, uma fase que definia bem quem ele é e quem são eles: “Só trabalho com gente do meu lado”. O “lado”, no caso, quer dizer “companheiro”. Ninguém governa, claro!, com adversários. A questão é saber quais cargos comportam uma seleção prioritariamente política e quais devem ter na exigência técnica o seu critério de corte. Quem começou destruir a Funasa foi o PT, o que não isenta o PMDB de nada. Só estou tentando evidenciar que a carga dos petistas contra os peemedebistas não é zelo, senão inveja. Querem tirar os aliados do caminho para que possam cuidar sozinhos do butim. Eis a verdade. Por que ela está sendo escondida dos leitores? É uma boa questão.

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