”Obamania” não se traduz em votos
Por Patrícia Campos Mello, no Estadão:Barack Obama, candidato democrata à Casa Branca, é capaz de fazer comícios para 70 mil pessoas, causar comoção em um giro pelo exterior e atrair horas de programação televisiva. Dito assim, até parece que ele tem a eleição no bolso. Apesar do frisson em torno de sua candidatura, porém, ele […]
Barack Obama, candidato democrata à Casa Branca, é capaz de fazer comícios para 70 mil pessoas, causar comoção em um giro pelo exterior e atrair horas de programação televisiva. Dito assim, até parece que ele tem a eleição no bolso. Apesar do frisson em torno de sua candidatura, porém, ele mantém uma vantagem mínima sobre seu adversário, o republicano John McCain.
Na média nacional de pesquisas do site Real Clear Politics, Obama está com 46,5%. McCain tem 43,9% – um diferença de 2,6 pontos porcentuais. A disputa apertada se repete em outras sondagens. Obama lidera nas pesquisas das redes de TV CNN (51% a 44%), Fox (41% a 40%), na dos institutos Pew (47% a 42%), Rasmussen (47% a 46%), e empata com McCain na do Gallup (44% a 44%).
No entanto, especialistas afirmam que ele deveria estar pelo menos 10 pontos à frente. “Os democratas deveriam estar goleando, mas não estão”, disse Terry Madonna, diretor do centro de política do Franklin and Marshall College. A razão da vantagem do democrata é que tudo está a seu favor. A economia vai mal, os americanos são contra a guerra no Iraque e estão cansados da presidência de George W. Bush. Então, o que falta para Obama ultrapassar a barreira dos 50%?
“Ele nunca foi testado, as pessoas ainda têm muitas dúvidas sobre Obama”, disse Stephen Hess, do Brookings Institution. “Os eleitores independentes e os republicanos menos convictos ainda estão examinando os dois candidatos. Cabe a Obama convencê-los de que está à altura do cargo de presidente.”
Comento
Parece que um blog já andou cantando essa bola…