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Weintraub diz que Bolsonaro ordenou que ele entregasse o FNDE ao Centrão

O ex-ministro da Educação afirmou à CNN Brasil que pediu ao presidente que não fizesse isso

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Lucas Vettorazzo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 abr 2022, 08h02 - Publicado em 12 abr 2022, 16h47

Abraham Weintraub disse nesta terça que quando ocupava o cargo de ministro da Educação, em 2020, recebeu de Jair Bolsonaro a ordem para que ele “entregasse o FNDE ao Centrão”. Vinculado ao ministério, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação passou a ser comando por Marcelo Ponte, ex-chefe de gabinete de Ciro Nogueira, em junho de 2020, quando a autarquia teve orçamento de 54 bilhões de reais.

No fim do mês passado, o ex-ministro Milton Ribeiro pediu demissão em meio a denúncias de corrupção nos repasses do fundo a prefeituras, em um balcão de negócios que seria comandado por pastores evangélicos.

“Quem vai me dar uma ordem dessas? O meu chefe. Ele falou: ‘você vai ter que entregar o FNDE pro centrão’ e eu falei: ‘presidente, não faça isso’. ‘Mas eu preciso’. Daí eu fiquei, tá até no jornal documentado, eu fiquei adiando o máximo que eu podia. Por que? Isso também dá pra checar. Eu subi toda a governança, as regras, do processo decisório do FNDE”, disse ele em entrevista à CNN Brasil.

Weintraub afirmou que tentou aprimorar a governança do fundo, mas teve a proposta barrada pelo então chefe da Casa Civil, o general Walter Braga Netto. “Tentei inclusive fazer um conselho, um board decisório, para o presidente do FNDE não se reportar só ao ministro da Educação, mas se reportar ao ministro da Economia e ao da Casa Civil. Na época era o Braga Netto. Tentei, o Braga Netto não quis”, disse.

O ex-auxiliar de Bolsonaro afirmou ainda ainda que a aliança com os partidos do centrão foi uma estratégia desenhada pelo general Luiz Eduardo Ramos, hoje ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência e na época à frente da Secretaria de Governo, responsável pela articulação política do Palácio do Planalto

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“Aí chegou o general Ramos com essa estratégia, que eu considero muito equivocada, de colocar o centrão pra dentro do governo. E ele começou realmente a trazer essa turma para dentro, frequentar cada vez mais, e convenceu o presidente. E a partir daí eu acho que a gente foi expulso, né? Os conservadores foram expulsos.”

Por fim, ele disse que acha que Bolsonaro não esteja envolvido diretamente em mau feitos, mas o presidente “deixou entrar gente errada no governo”. Ele afirmou também que encontrou em sua gestão suspeitas de superfaturamento na realização do Enem.

“E essas pessoas erradas que aprontaram no passado eu acho que tem uma probabilidade alta de terem aprontado de novo, mas, para ser justo, eu sou favor de sempre ser justo, vamos investigar”, disse.

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