Tribunal mantém prisão de Carlinhos Cachoeira
Ex-assessor de Cabral também teve pedido de liberdade negado
Por unanimidade, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região negou o pedido de liberdade de Carlinhos Cachoeira nesta quarta (5).
Em parecer contra o habeas corpus, a Procuradoria Regional afirma que a conexão entre as apurações da Operação Saqueador e da Operação Calicute, que investiga o esquema criminoso liderado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral, reforça a necessidade de se manter a prisão.
“São inúmeros os vínculos da organização criminosa investigada pela Saqueador com outros procedimentos criminais conexos investigados neste Juízo, como a Calicute”, diz a procuradora regional da República Mônica de Ré.
Cachoeira cumpre prisão domiciliar desde agosto de 2016. Ele foi preso preventivamente pela Operação Saqueador, um desdobramento da Lava-jato.
É investigado por operar um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de 370 milhões de reais provenientes de recursos públicos desviados.
O Tribunal também julgou improcedente os pedidos feitos por Pedro Ramos de Miranda, ex-assessor considerado o “faz tudo” de Cabral, de transferir da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro a competência para julgá-lo e anular a denúncia recebida contra ele.
“O réu fazia transporte de grande quantidade de dinheiro em espécie para realizar o pagamento de joias, buscando ocultar a origem dos recursos”, diz o parecer.