Tiroteio na Rocinha impede crianças de saírem de colégio no Rio
Alunos e professores da Escola Americana, vizinha da favela, ficaram presos em sala de aula ou se abaixaram atrás de muro para escapar das balas perdidas
O permanente estado de guerra do Rio aterrorizou crianças e professores em uma escola da cidade nesta quarta (09). Pela enésima vez.
Um intenso tiroteio na Rocinha, algo corriqueiro não só ali, mas na vida de quem frequenta colégios públicos e particulares localizados em áreas de confronto, pôs em risco os alunos da Escola Americana, no alto da Gávea, Zona Sul carioca.
Durante o confronto, iniciado por volta das 15h30, as crianças que assistiam aula foram proibidas de sair para áreas comuns do campus.
Outros, que já estavam no pátio do colégio, tiveram de se abaixar atrás de um muro de pedra para evitar as balas perdidas. Obviamente, alunos, pais e professor ficaram presos dentro da escola por pelo menos 45 minutos.
Se o cenário de desespero faz parte da vida dos alunos de uma instituição particular à beira de uma zona conflagrada, dá para imaginar o que passam as crianças e profissionais de escolas que funcionam no olho do furacão, dentro de favelas e outras regiões onde se ouve rajadas de fuzis beirando a porta cotidianamente.