TCU agora consulta banco de dados sobre óbitos para pagar salários
Radar revelou que tribunal passou mais de dois anos pagando salário a uma servidora morta; caso é investigado pelo MPF
Na edição de VEJA que está nas bancas, o Radar mostra que o MPF abriu uma investigação em Brasília para apurar como um gerente da agência do Banco do Brasil que fica dentro do TCU conseguiu passar mais de dois anos recebendo o salário de uma servidora do tribunal que já havia falecido. Isso tudo sem que o órgão, responsável pelo controle de contas da máquina federal, percebesse.
O tribunal enviou então ao Radar uma nota em que diz colaborar com as investigações desde que o caso foi descoberto, em 2013. “O TCU esclarece que, desde a descoberta da fraude em 2013, vem colaborando com as autoridades policiais, Ministério Público e Poder Judiciário para a elucidação dos fatos. A fragilidade que propiciou a fraude foi mapeada e corrigida ao tempo da ocorrência”, diz a nota.
Depois da bola no meio das pernas, o TCU disse que passou a fazer, no início de cada mês, antes do fechamento da folha de pagamento, o cruzamento dos dados dos servidores, ativos e inativos, e pensionistas com a base do Sistema de Controle de Óbitos: “Informamos, por fim, que não foi identificada, pelas autoridades incumbidas da investigação, qualquer participação de servidor do TCU na referida ocorrência criminosa”.