Senador do PT diz que vai cobrar Petrobras sobre ‘crimes’ de Bolsonaro
Jean Paul Prates anunciou que vai acionar a estatal para obter mensagens incriminadoras do celular corporativo do ex-presidente Roberto Castello Branco

Na esteira da divulgação de mensagens de Roberto Castello Branco, em que o ex-presidente da Petrobras disse ter no seu celular corporativo mensagens e áudios que poderiam incriminar Jair Bolsonaro, o líder da minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN), já avisou que vai acionar a estatal para ter acesso ao material.
“Vamos oficiar a Petrobras solicitando essas informações. Todo mundo sabe que o presidente achaca diariamente a empresa que deveria ajudar a nortear, mas é importante saber exatamente quais crimes ele cometeu, ou se realizou ameaças pessoais”, afirmou o senador.
Neste domingo, o site Metrópoles mostrou mensagens enviadas por Castello Branco, em um grupo de WhatsApp, em que o ex-executivo da estatal confirma seu potencial explosivo apontado pelo Radar na edição que está nas bancas.
“Se eu quisesse atacar o Bolsonaro não foi e não é por falta de oportunidade (sic). Toda vez que ele produz uma crise, com perdas de bilhões de dólares para seus acionistas, sou insistentemente convidado pela mídia para dar minha opinião. Não aceito 90% deles e quando falo procuro evitar ataques”, disse o ex-chefe da Petrobras.
“No meu celular corporativo tinha mensagens e áudios que poderiam incriminá-lo. Fiz questão de devolver intacto para a Petrobras”, complementou.
Paul Prates destacou que, mesmo tendo suas divergências com Castello Branco, sabe que “não é assim que se conduz uma empresa pública, sob ameaças e impropérios”.
“É importante que se esclareça exatamente o dano que Bolsonaro impôs à empresa e ao Brasil”, comentou o senador.