Relembre os fatos que levaram o ex-ministro de Bolsonaro à prisão
Caso veio à tona em março, após reportagem da Folha de S.Paulo publicar áudios que revelavam intermediação de recursos entre pastores e prefeitos

Preso em operação da Polícia Federal nesta quarta-feira, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro é investigado por articular um esquema de liberação de verbas do MEC a prefeituras ligadas a dois pastores da Assembleia de Deus.
Gilmar Santos e Arilton Moura — que nunca ocuparam cargo no ministério e lá atuavam — também são alvo da PF. A participação dos pastores incluía pedidos de propina a prefeitos para facilitação da intermediação do fundo orçamentário — o FNDE — do MEC.
Arilton, inclusive, teria solicitado 15.000 reais e um quilo de ouro ao prefeito de Luís Domingues, no Maranhão, Gilberto Braga (PSDB).
O caso veio à tona em março deste ano, após reportagem da Folha de S.Paulo publicar áudios em que Ribeiro afirmava que a liberação dos recursos era feita a pedido de Jair Bolsonaro.
“Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar”, disse o ex-ministro na conversa em que participaram prefeitos e os dois religiosos.
Dias depois da revelação do esquema, Ribeiro pediu demissão do cargo. Na ocasião, Bolsonaro chegou a defender o ex-chefe do MEC, afirmando que colocaria sua “cara no fogo” por ele.