Reduto bolsonarista, Santa Catarina fica na chuva com corte de verbas
Jair Bolsonaro tirou cerca de 43 milhões de reais do orçamento de obras em estradas, uma antiga reivindicação da turma que chama o presidente de 'mito'
Vira e mexe, Jair Bolsonaro pega o avião presidencial e baixa em Santa Catarina para ouvir gritinhos de “mito”. As praias no litoral do estado e o “rico Oeste”, como diz Roberto Jefferson, são destinos preferidos do presidente no Sul do país.
A presença de Bolsonaro no estado se justifica pelo amplo apoio que tem nas ruas. A elite catarinense e até parcelas do eleitorado popular apoiam o presidente. Recentemente, no entanto, essa relação sofreu um abalo. Entre os gritinhos de “mito” e o bafo quente do centrão, Bolsonaro ficou com o último.
O presidente preservou o bilionário fundão partidário, mas deixou os bolsonaristas de Santa Catarina na chuva. Ou melhor, no engarrafamento de antigas promessas de duplicação de estradas que ele, como fizeram outros antes dele, prometeu concluir. No lugar de duplicar estradas, o presidente fez o oposto. Cortou 43,2 milhões de reais do orçamento previstos para esse fim.
Nome do centrão e de Bolsonaro na disputa ao governo catarinense, o senador Jorginho Mello, que tem o controle do Dnit no estado, terá trabalho para pedir votos neste ano.