Projeto visa desenvolvimento econômico e sustentável em favelas cariocas
Parceria entre governo e empresas beneficia iniciativas de economia criativa e propostas artísticas por meio da Lei de Incentivo à Cultura
Moradores de Jacarezinho, Muzema e Cantagalo receberão um aporte de 320 mil reais para estruturar projetos economicamente sustentáveis nas comunidades do Rio de Janeiro. A iniciativa é do programa CRIA RJ, uma plataforma de capacitação, aceleração de negócios em economia criativa e fruição artística que inicia as atividades em outubro.
Um dos desafios dos empreendedores da periferia, que o projeto pretende auxiliar, é o acesso ao financiamento junto a instituições bancárias. A proposta se fundamenta em políticas de crédito, microcrédito e aceleração de negócios nacionais e internacionais.
“Os programas de microcrédito orientado do Banco do Nordeste, que são inspiração de políticas inclusivas, apresentam caminhos metodológicos na busca por impactos que fortaleçam as economias desses territórios populares contribuindo para a geração de emprego, renda e oportunidades criativas e culturais acessíveis e inclusivas”, explica Mardonio Barros, CEO da Quitanda Soluções Criativas, que divide a realização do projeto com o Instituto BR.
As empresas contaram com a consultoria executiva da Cinco Elementos, e produção executiva da Marco Zero, além de aporte estatal. A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Rio, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, e com patrocínio da Light, também apoia a proposta.
O público estimado de 20.000 jovens e adultos terá a oferta de 72 cursos em áreas técnicas, 100 oficinas livres, 20 cursos de pautas afirmativas, 100 apresentações culturais e 40 premiações em dinheiro. Uma chamada pública será aberta para artistas e educadores “crias” das regiões atendidas pelo programa.