Petrobras toma novo puxão de orelha da CVM por anúncio ‘informal’ de presidente
O governo bem que tentou evitar novos problemas com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ao anunciar Pedro Parente como presidente da Petrobras depois do fechamento do mercado, evitando a oscilação brusca de ações que aconteceu na última troca, de Graça Foster por Bendine, no começo de 2015. Só esqueceu de uma coisa: enviar o fato […]
O governo bem que tentou evitar novos problemas com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ao anunciar Pedro Parente como presidente da Petrobras depois do fechamento do mercado, evitando a oscilação brusca de ações que aconteceu na última troca, de Graça Foster por Bendine, no começo de 2015.
Só esqueceu de uma coisa: enviar o fato relevante ao mercado antes de fazer o anúncio da indicação via Palácio do Planalto. A gafe rendeu um puxão de orelha do órgão regulador: já no começo do dia, a Petrobras recebeu um ofício questionando a “transição no comando”e os “motivos pelos quais a companhia não divulgou qualquer documento a respeito do assunto”.
O fato relevante foi arquivado apenas às 8h45, mais de 12 horas após o anúncio. No começo do mês, a CVM já tinha divulgado um comunicado genérico dizendo que a nomeação do presidente de empresas abertas pode ser indicação do controlador, mas a palavra final é do conselho – num recado às especulações sobre a intenção do governo Temer de trocar o comando da petroleira.
O perfil da direção mudou, mas ao que parece, a Petrobras ainda precisa aprender a administrar os conflitos entre empresa estatal e empresa listada.