Comunicado divulgado há pouco pela Petrobras confirma o pedido de renúncia de José Mauro Coelho do cargo de presidente da estatal. O movimento concretizado hoje vinha sendo construído desde o início do mês, como mostrou o Radar.

“A Petrobras informa que o senhor José Mauro Coelho pediu demissão do cargo de presidente da empresa na manhã de hoje. A nomeação de um presidente interino será examinada pelo Conselho de Administração da Petrobras a partir de agora”, diz a empresa, anunciando inclusive a saída de Coelho do Conselho de Administração da estatal.

A pressão contra Coelho, já virtualmente demitido por Bolsonaro, se agravou nos últimos dias com o anúncio do novo reajuste de preços dos combustíveis.

A saída de Coelho abre caminho para que Caio Andrade,  o novo chefe da estatal escolhido pelo governo, assuma o posto.

No fim de semana, o presidente da Câmara, Arthur Lira, bateu forte em Coelho, classificando o chefe da estatal, que foi escolhido por Bolsonaro para o cargo, de “presidente ilegítimo” da estatal. Para Lira, a companhia teria sido “sequestrada” por Coelho e “não representa o acionista majoritário”. 

Lira disse que Coelho praticava “terrorismo corporativo como vingança pessoal contra o presidente da República” que o nomeou e depois demitiu num intervalo de trinta dias.

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