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Personalidade dupla de Bolsonaro é desafio à articulação do governo

Presidente tenta agradar seguidores radicais ao mesmo tempo em que lida com os deveres de ser o chefe da República, uma peça do sistema

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 mar 2020, 06h01 - Publicado em 9 mar 2020, 06h01

É dura a vida de Jair Bolsonaro e sua jornada dupla no Planalto. O presidente vestiu a faixa mais cobiçada da República interpretando dois personagens. Nas redes sociais, age como militante antissistema, que não negocia com políticos do Congresso, que não faz toma lá dá cá, que não barganha verbas e cargos com deputados e senadores para conseguir alcançar seus propósitos e governar. É um astro da nova política.

No escurinho dos gabinetes, porém, Bolsonaro faz tudo que a velha política se acostumou a fazer. Beneficia amigos da família com boquinhas no cabide de empregos do governo – veja o padrinho de casamento de Flávio Bolsonaro, no comando do Esporte –, distribui milhares de cargos aos partidos, fechas os olhos à incompetência de auxiliares queridos, tolera casos de conflito de interesses dentro do palácio, permite que o filhão use aeronaves da FAB para levar convidados no casamento, libera verbas e negocia, sim, favores com o Congresso.

O Bolsonaro das redes é incompatível com o Bolsonaro do escurinho do gabinete. Para agradar seus seguidores, o primeiro não pode dizer que o segundo fez um acordo com o Congresso na votação dos vetos do orçamento impositivo. Afinal, nas redes, ele e seus ministros são apoiadores do protesto contra os poderes no dia 15 de março.

Na vida real não é possível governar sem fazer política. E é para fazer política que os brasileiros elegem um presidente. A questão é que política praticar. É por causa dessa dupla personalidade do presidente que a vida de um dos principais ministros do governo não anda nada fácil.

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Luiz Eduardo Ramos apagou incêndios em série durante o Carnaval. Foi quem realmente fez política e trabalhou durante o feriado. Militar experiente, precisou ouvir reclamações de diferentes chefes do Legislativo e do STF e convencê-los das boas intenções de Bolsonaro.

Ramos soube serenar os ânimos na Praça dos Três Poderes. A questão é: Bolsonaro sabe valorizar isso?

Nesta semana, o Congresso ainda terá de se ocupar com os projetos enviados por Bolsonaro sobre o orçamento. A agenda que interessa ao país mesmo espera sua vez.

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