O pânico da campanha de Bolsonaro com a ‘onda Lula’ nas pesquisas
Pesquisa ajuda a 'criar ondas' no eleitorado, a tal expectativa de vitória, e, hoje, as correntes jogam a favor do adversário do presidente
A praticamente dez dias da abertura da votação no primeiro turno, as pesquisas eleitorais registram, de modo geral, uma melhora de Lula e mostram Jair Bolsonaro estacionado ou perdendo força. Esse fenômeno, claro, tem erros, já que os diferentes institutos mostram cenários com o presidente competitivo, em alguns casos, e correndo risco de perder no primeiro turno para o petista, em outros.
O desespero da campanha de Bolsonaro, que chegou de madrugada ao Brasil do desastroso giro internacional, é que pesquisa ajuda a “criar ondas”, a tal expectativa de vitória, e, hoje, as correntes jogam a favor do adversário. Nessa fase da campanha, os aliados políticos do presidente esperavam que fosse o presidente a ditar avanços nas pesquisas.
A turma já tinha preparado o discurso do “Bolsonaro disparou” para tentar criar uma certa “onda verde e amarela” nos dias derradeiros do horário eleitoral.
Como as pesquisas não sustentam o desejo bolsonarista, a turma saiu nesta quarta atirando para todos os lados. As conversas nos grupos de WhatsApp da campanha de Bolsonaro adotam um clima de “urgência” na divulgação de ações do presidente e na propagação de ataques a Lula, como se fosse falta de visibilidade o fenômeno que fez Bolsonaro estacionar nas intenções de voto.