Na véspera dos atos de 7 de Setembro, Jair Bolsonaro voltou a atacar ministros do STF, acusando os integrantes da Corte de “agirem de forma ativa para dar moral a criminosos”. Na entrevista que deu ao canal Jovem Pan News, o presidente criticou o ministro Edson Fachin por causa das decisões sobre operações militares nas comunidades do Rio de Janeiro e por causa das liminares sobre armas e a decisão que beneficiou Lula no ano passado. Também bateu em Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. O presidente também disse que ministro do STF anda de carro blindado e segurança com fuzil e, por causa disso, protege bandido enquanto “o povo que se exploda”.
“Nós estamos combatendo a criminalidade. Já o senhor Fachin ajudou a tornar elegível um bandido corrupto. A corrupção mata tanto quanto a violência. Uma caneta mal utilizada para a corrupção mata muito mais gente do que uma escopeta. Não temos apoio por parte de alguns ministros do STF. Muito pelo contrário. Agem de forma ativa para dar mais moral para os criminosos continuarem agindo, mostrando que podemos ser um país sem leis”, disse Bolsonaro.
“Se pegar a vida pregressa dos ministros, o próprio Fachin, ele fazia campanha dentro de universidade para a Dilma. O Barroso defendeu o Battisti. Essas pessoas têm alguma razão para falar em combater a criminalidade? Eles têm a vida deles. Desce lá do prédio, pega o carro blindado com segurança atrás de fuzil e o povo que se exploda. Essas pessoas que trabalham aqui para eleger um bandido no Brasil”, complementou o presidente.
Questionado se concorda com a decisão de Fachin que limitou decretos que tratam da venda de armas e munições, ele disse não concordar em nada com o ministro e fez uma promessa enigmática aos apoiadores:
“E peço que quem está assistindo acredite em mim: acabando as eleições, a gente resolve essa questão dos decretos em uma semana, porque todo mundo tem que jogar dentro das quatro linhas da Constituição. Encerrou por aqui o assunto dos decretos. Acabando as eleições, eu sendo reeleito, a gente resolve esse problema e outros problemas. Pode ter certeza disso. Todos têm que jogar dentro das quatro linhas da nossa Constituição”.