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Na ONU, Lula vendeu fantasia sobre atuação do governo nas queimadas

Petista disse que não terceirizava responsabilidades na crise, mas fugiu de reunião com governadores e tentou colocar na conta da oposição os incêndios

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 set 2024, 10h18 - Publicado em 25 set 2024, 10h14

O presidente Lula usou a tribuna da ONU, nesta semana, para dizer que não terceiriza responsabilidades em seu governo. Ele falava da tragédia das queimadas que evidenciou a incapacidade do Planalto de proteger o patrimônio ambiental do país, explorado como propaganda internacional desde o início do mandato do petista.

Incêndios florestais se alastraram pelo país e já devoraram 5 milhões de hectares apenas no mês de agosto. O meu governo não terceiriza responsabilidades nem abdica da sua soberania”, disse o petista.

O discurso de Lula, como em vários outros momentos do governo, vem descolado da realidade de suas ações. Além de tentar colar na oposição a responsabilidade pelas queimadas, o petista fugiu outro dia de uma reunião com governadores marcada para definir responsabilidades e enfrentar o problema.

Em vez de ficar e ouvir as críticas dos mandatários estaduais ao pouco articulado trabalho federativo em torno das queimadas, Lula preferiu terceirizar para Rui Costa a missão de falar com os governantes, num movimento de desrespeito visto anteriormente no governo de Jair Bolsonaro, que evitava governadores para não ouvir duras verdades.

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O presidente de um governo que não terceiriza responsabilidades teria participado da reunião com governadores e definido as linhas de enfrentamento da questão. Mas não. Lula viajou para o Maranhão e depois se foi para os Estados Unidos, deixando o trabalho todo na mão dos burocratas — que, para variar, não se entendem.

Antes do giro internacional, Lula lançou ao vento propostas como a criação de uma Autoridade Climática e o duvidoso treinamento de 70.000 recrutas do Exército para enfrentar emergências do clima. Nem o comandante do Exército sabia o que fazer quando Lula defendeu o tema. Com Lula nos Estados Unidos, Rui Costa, o gerente do governo, deu entrevista admitindo que a tal criação da Autoridade Climática não é bem assim.

Segundo Costa, apesar do discurso de Lula, o texto de criação da tal autoridade só chegou ao Planalto na semana passada. O ministro revelou a informação como quem transfere a culpa a outro colega de governo. Mas se a proposta era realmente importante, ele poderia ter cobrado há muito tempo sua realização e tomado a dianteira do assunto, aconselhando Lula a torná-lo uma prioridade. Não foi o que ocorreu.

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“Sabe que dia chegou o primeiro texto aqui? Ontem (quinta-feira passada). O que tinha sido apresentado há dois meses era um PowerPoint. Tem que escrever o que é a Autoridade Climática e quais as funções. A primeira concepção era trazer as funções da Defesa Civil e da Secretaria de Mudança do Clima (do Ministério Meio Ambiente). Não faz sentido. Acabar com a Defesa Civil Nacional e com a secretaria?”, disse Costa ao Globo. “O modelo que veio é de uma autarquia, uma agência. Vamos discutir. Tem que refletir muito”, seguiu o petista. 

Enquanto o governo “discute” e “reflete muito”, boa parte das matas do país queimou numa velocidade catastrófica. Mas a pressa e a responsabilidade em Brasília não caminham na velocidade do fogo.

 

 

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