MPF quer multar réus de Angra 3 em R$ 176 milhões
Operação Irmandade é um dos desdobramentos da Lava-Jato no Rio
O Ministério Público Federal do Rio entregou ao juiz Marcelo Bretas as alegações finais da ação que investiga esquemas de corrupção na Usina Nuclear de Angra 3.
A ação penal investiga a atuação de 11 pessoas e é um desdobramento da Operação Irmandade, deflagrada em 2016. Entre os réus estão os empresários e irmãos Adir e Samir Assad, além de Marcello José Abbud, sócio das empresas Legend Engenheiros.
De acordo com a procuradoria, foram cometidos crimes de lavagem, falsidade ideológica e organização criminosa. Os réus teriam montado um esquema de venda de notas fiscais de serviços que jamais foram utilizados.
O dinheiro seria usado pelas empreiteiras, entre elas a Andrade Gutierrez, para o pagamento de propina a servidores e políticos.
O órgão pede que os réus, além de serem condenados, devolvam R$ 176 milhões. O montante seria o total desviado em propinas pelo esquema criminoso.
Segundo o MPF, “a organização criminosa, portanto, atuou de forma estável e permanente com o objetivo de cometer crimes pelo menos até 06/07/2016, sendo certo que, mesmo com a deflagração da Operação Lava Jato, as atividades criminosas continuaram a ser praticadas…”