Contra apagão nas UTIs, Saúde fala em confiscar remédios em fábricas
Pasta deve fazer requisição a laboratórios de medicamentos usados nas UTIs, como sedativos
Além de todos os problemas ligados à natureza da pandemia de coronavírus, agora o Ministério da Saúde se vê diante de um apagão dos medicamentos usados nas UTIs, como os sedativos. Para tentar contornar o grave problema, a pasta já admite a possibilidade de confiscar remédios diretamente nas fábricas e laboratórios.
A informação foi dada pelo secretário nacional de Saúde, coronel Elcio Franco, em videoconferência nesta terça-feira com Comissão Externa do Coronavírus, convocada para discutir a falta de medicamentos.
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Clique e AssineA requisição de medicamentos seria uma forma de suprir a necessidade emergencial dos hospitais que estão com estoques zerados. O secretário disse que o ministério cogita fazer o mesmo nos distribuidores de medicamentos, que estariam lucrando com o fato de alguns medicamentos terem subido de preço em até 1.000%. É o caso do anestésico Fentanil.
Segundo Franco, a pasta está trabalhando com a Organização Panamericana de Saúde (Opas) para fazer uma grande compra internacional, e prepara uma ata de registro de preços para uma compra nacional.
Se tudo der certo, admitiu ele, os medicamentos devem chegar em um mês. Apenas nas últimas 24 horas, o Brasil registou 33.846 novos casos de coronavírus e 1.280 mortes.