Logística para transporte de oxigênio hospitalar preocupa governo
Senacon e Anvisa se reuniram para tratar do risco de desabastecimento do produto usado no tratamento da Covid-19
A Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniram nesta quinta-feira para pensar soluções para garantir o abastecimento de oxigênio hospitalar, considerando o grande aumento da demanda pelo produto no momento de recrudescimento da pandemia — e os desafios logísticos para garantir o fornecimento do produto em todo o território nacional.
Em janeiro, o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor da Senacon notificou as principais fornecedoras de oxigênio medicinal e recebeu a informação de que a demanda aumentou abruptamente entre o fim de 2020 e o início de 2021.
De acordo com a secretaria, há evidências de que a oferta do produto na região Norte é restrita, além de apresentar grandes desafios de distribuição logística em virtude do acesso à região ser feito de maneira primordial por via fluvial, sem a presença dos modais rodoviário e ferroviário.
Agora, após nova rodada de notificações para as empresas a respeito da capacidade de atendimento para a demanda das outras regiões do país, Senacon e Anvisa concluíram que o principal desafio é de ordem logística: garantir que a produção nacional de oxigênio hospitalar alcance todas as regiões do país, conforme as respectivas necessidades, no tempo e na forma adequadas.