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Kassab defende neutralidade do PSD na eleição presidencial

Presidente nacional da legenda divulgou comunicado na tarde desta quinta

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 jul 2022, 18h53 - Publicado em 14 jul 2022, 18h18

Importante articulador do cenário político nacional, Gilberto Kassab (PSD) anunciou nesta quinta que defenderá que a legenda adote neutralidade na eleição presidencial deste ano.

Em comunicado dirigido a membros da sigla, o cacique relembrou a tentativa de o PSD lançar um nome próprio ao Planalto — o presidente do Senado Rodrigo Pacheco — e disse que, após a empreitada não vingar, tentou-se a coligação com candidatos de outros partidos, o que também não deu certo.

A infinidade de costuras políticas do partido sobre alianças regionais — em estados e municípios — foi o principal entrave para que a direção nacional não conseguisse chegar a um consenso sobre o apoio a um presidenciável de outra sigla.

Kassab finaliza a carta dizendo que encaminhará a proposta de neutralidade do PSD na disputa presidencial à Convenção Nacional do partido — e que, em momento oportuno, se manifestará a respeito de sua preferência pessoal sobre o candidato que deve ocupar o mais alto cargo da República.

Leia a íntegra:

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Colegas dirigentes, parlamentares, executivos e filiados do Partido Social Democrático em todo o Brasil.

Quero expor aqui os fatores que me levam a defender este entendimento, que considero o mais adequado para a participação do PSD nessa eleição presidencial de 2022.


O Partido, ao longo de meses e com a atuação de diversas lideranças, buscou o desenvolvimento de uma candidatura própria.
Tínhamos o melhor pré-candidato, o senador Rodrigo Pacheco. A sigla estava unida em torno da sua candidatura.

Diante do convite, recebido com grande entusiasmo, Pacheco ponderou ao longo de meses e se convenceu da importância de sua presença à frente da presidência do Senado ao longo do processo eleitoral, papel fundamental para garantir a estabilidade institucional do Brasil.


Ficou a semente de um excelente projeto para o Brasil, que o PSD não abandonou, apenas adiou.


Sem o horizonte de uma candidatura própria que pudesse contribuir com o debate neste cenário de polarização, iniciamos uma consulta nacional que, agora, está concluída.


Foram ouvidos parlamentares (em todos os níveis), dirigentes partidários, líderes de todos os cantos do país.
A constatação é que não temos unidade para caminhar coligados com um candidato de outro partido.

Diante das opções existentes, haveria preferências diversas no partido não apenas quando consideramos o Brasil, mas em instâncias partidárias dentro de Estados e, até, de municípios.

Diante dos fatos apresentados, encaminho como proposta para nossa Convenção Nacional que o Partido Social Democrático adote a neutralidade nesta eleição presidencial.

No momento apropriado, de modo a não interferir na boa governança partidária, já que ocupo a presidência nacional do PSD, compartilharei minha preferência pessoal para este pleito.

Gilberto Kassab

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