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Jornalista Luiz Orlando Carneiro morre em Brasília, aos 84 anos

Referência na cobertura do STF, Luiz deixa as filhas Lúcia e Teresa e o filho Paulo

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 jan 2023, 14h20 - Publicado em 12 jan 2023, 13h58

Uma das grandes referências na cobertura jornalística do Judiciário, em especial do STF, o jornalista Luiz Orlando Carneiro morreu nesta quinta-feira, em Brasília, aos 84 anos, em decorrência de um quadro de insuficiência renal.

Em nota, a presidente do STF, ministra Rosa Weber, lamentou a morte do jornalista. “Com tristeza, manifesto sinceros sentimentos pela perda do excepcional jornalista Luiz Orlando Carneiro. Retratou o Supremo Tribunal Federal diariamente por quase três décadas, sempre com respeito à Corte e seus integrantes, levando a informação correta aos brasileiros. Em nome da Suprema Corte, registro que o jornalismo perde uma grande referência e um profissional que sempre será exemplo para as próximas gerações”, disse Rosa.

Além da presidente do Supremo, os ministros Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Dias Toffoli , Luiz Fux, André Mendonça, Alexandre de Moraes, Nunes Marques e Edson Fachin prestaram homenagens a Luiz.

“Conheci Luiz Orlando Carneiro quando ele estava na direção do Jornal do Brasil e o encontrei algumas vezes na cobertura jornalística diária do Supremo Tribunal Federal. Luiz Orlando tinha duas virtudes que dignificam o jornalismo: integridade e isenção. Gentil e respeitoso, retratou a atuação do Supremo Tribunal Federal sempre comprometido com a verdade. Uma grande perda para o jornalismo, para o Supremo e para o Brasil”, disse Barroso.

“Registro com imenso pesar o falecimento de Luiz Orlando Carneiro. O decano da cobertura jornalística do Supremo Tribunal Federal foi também o inventor dessa atividade. Seu uso elegante do vernáculo, o domínio do campo jurídico e a assertividade na análise vão fazer muita falta ao jornalismo. Sua personalidade afável, o largo conhecimento humanístico e a sofisticada cultura jazzística, farão mais falta ainda ao Brasil”, escreveu Mendes.

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“É com grande tristeza que recebo a notícia do falecimento de Luiz Orlando Carneiro, nosso querido decano dos setoristas do STF. Tive a alegria de acompanhar o seu trabalho desde 1995, quando vim para Brasília, e grande parte dos seus quase 30 anos de cobertura jornalística da nossa Suprema Corte. Com seu jeito sereno e reputação profissional séria, Luiz Orlando sempre foi muito querido por todos, Ministros, colegas de profissão e servidores da Corte, e deixará enormes saudades entre seus familiares e muitos amigos”, disse Toffoli.

“Manifesto meus sinceros sentimentos pela partida do grande jornalista Luiz Orlando Carneiro. Realizou a cobertura jornalística diária do Supremo Tribunal Federal por 30 anos com profissionalismo, isenção e seriedade. Perda irreparável para o jornalismo e para o Brasil, deixa um grande exemplo para a profissão”, disse Fux.

“Meus mais profundos sentimentos aos familiares e amigos do grande jornalista Luiz Orlando Carneiro. Rogo para que Deus os abençoe e que as sementes do seu trabalho continuem a inspirar o bom jornalismo, indispensável à nossa democracia”, registrou Mendonça.

“A imprensa brasileira e, em especial o STF, são devedores da competência, inteligência e seriedade de Luiz Orlando Carneiro, que em 30 anos de cobertura jornalística da Corte estabeleceu um importante paradigma de atuação junto aos Tribunais. Meus sentimentos à família e aos amigos”, disse Moraes.

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“Registro com imenso pesar o falecimento do jornalista Luiz Orlando Carneiro, que acompanhava o funcionamento diário do Supremo Tribunal Federal e do Poder Judiciário nas últimas décadas. Um dos jornalistas com mais tempo de profissão em Brasília, escrevia com propriedade e competência sobre as questões do direito. Deixo meus sinceros sentimentos aos amigos e familiares”, registrou Nunes Marques.

“Lamento a perda de Luiz Orlando Carneiro, jornalista que exerceu o ofício com dedicação à profissão e acurácia no trato com a notícia. As quase três décadas de sua trajetória dedicadas a retratar o Supremo Tribunal Federal foram de trabalho, respeito e integridade. Fica, para as novas gerações da imprensa, o exemplo de quem soube cumprir a vida”, escreveu Fachin.

Luiz nasceu em 1938, no Rio de Janeiro. Em 1958, atuou como repórter-estagiário no Jornal do Brasil. No ano seguinte, foi responsável pela cobertura do Itamaraty, período em que fez diversas viagens internacionais, entre 1959 e 1963. Depois, assumiu a subchefia de reportagem do jornal. Foi chefe de reportagem (1964-1969), editor de notícias (1969-1974), chefe da redação (1974-1979), chefe da sucursal em Brasília e diretor-regional (1979-1992).

Em 1992, ainda no Jornal do Brasil, decidiu voltar a ser repórter para cobrir o STF, já que havia percebido que, com a Constituição de 1988, o tribunal se tornaria um ator relevante na República. Ninguém no país cobriu o STF por tanto tempo quanto Luiz Orlando Carneiro. Quando completou 50 anos de jornalismo, em outubro de 2008, o ministro Gilmar Mendes, então presidente da instituição, condecorou-o com uma medalha de ouro.

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Em 1965, Luiz, que além de jornalista era um amante da música, participou da fundação do Clube de Jazz e Bossa, junto com Jorge Guinle, Ricardo Cravo Albin, Ary Vasconcelos, Sérgio Porto, Vinicius de Moraes e Tom Jobim, mas não abandonou o trabalho com comunicação. Nos últimos oito anos, Luiz foi repórter do Jota. Deixa as filhas Lúcia e Teresa e o filho Paulo.

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